tag:blogger.com,1999:blog-51800331269729914892024-03-13T23:41:36.319-03:00Esquina LiteráriaLinda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.comBlogger59125truetag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-59089904994687211042021-04-19T19:28:00.004-03:002021-04-21T18:53:48.509-03:00Teste<p> Recebi o convite da querida Beatriz para colaborar com este blogue.</p>Ricardo Miyakehttp://www.blogger.com/profile/08478313001221352503noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-70703542347314951512019-04-14T18:53:00.002-03:002019-04-14T19:14:59.674-03:00O sul de todas as almas, resenha de "Um Bourbon para Faulkner", de Marco Fabiani<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;"><b>O sul de todas as almas</b></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: medium;"><b>Beatriz Bajo</b></span></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Havia algum tempo que eu não lia um romance que me abraçava. Estava curiosa por descobrir as páginas de “Um Bourbon para Faulkner”, do amigo querido <a href="https://www.facebook.com/marcoantonio.fabiani?__tn__=%2CdK-R-R&eid=ARAaMr5GUGWb5Cgwn5LyQydCS-eL2FAPQjwMj3OwiQQLyldhcqRizbpZXyvO_iDPOwhSEMMPhWtCWLJO&fref=mentions">Marco Antonio Fabiani</a>, também radicado em Londrina.</span></div>
<br />
<img src="https://i2.wp.com/www.pacocacomcebola.com.br/wp-content/uploads/2018/11/44893959_2094460090611930_9020045484743458816_n.jpg?ssl=1" /><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O título do livro, a princípio, distante daqui, como foi se chegando perto de mim...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Usando como mote para a história a passagem do escritor Faulkner no Brasil, mais precisamente um Congresso de Escritores em São Paulo, do qual o ganhador do Nobel de Literatura de 1949 era o convidado especial, Fabiani costura, entre muitas outras instabilidades, o ambiente político que culmina com o suicídio de Getúlio Vargas em 1954.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O encontro de o garçom do Hotel Esplanada, João Clark, com a personalidade norte-americana é um grande evento para as vidas que se leem por esta obra. As solidões de descendentes de imigrantes, arrancados pela raiz e lançados ao mundo, aproxima os dois homens que carregam em seus peitos fragmentos de derrota, cacos de uma terra em ruínas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Aparentemente, tão distantes, garçom e escritor são “sementes da mesma espécie brotando em terras diferentes” e descobrem-se amigos intensos. Faulkner exercitando a audição para suas histórias; Clark, na medida em que contava de si, forjava sua própria existência. A sua voz, nunca relevante, tornou-se, assim, substância para o escritor e ecoou na alma do garçom, que passa a tornar-se senhor do seu destino, lentamente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Os dois são descendentes sulistas da Guerra da Secessão norte-americana e isso acaba por tatuar nos dois uma cumplicidade rara em que, ao longo do livro vai se equilibrando. O escritor exercita a humildade e se desnuda e o garçom se avoluma até percebermos a amizade genuína. No entanto, durante a leitura, há muitas dores: “a violência nasce do medo da própria vida” e não posso negar que tudo isso não tenha me afetado. Eu, aqui no sul do Brasil, filha de imigrante, aperfeiçoando por toda a vida as solidões e os estilhaços do não-pertencimento, acabei por encontrar na literatura o caminho para a comunhão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Faulkner diz lindamente que esses homens isolados que “expandiram os limites da alma da América...É para eles que sempre olho e penso quando escrevo.” Então, Fabiani escreveu especialmente para mim...foi incrível lê-lo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Sobretudo, foi surpreendente conhecer Jonas, o pedreiro nordestino que dividia o quarto com Clark, e notar o brasileiro ensinando a seu companheiro a coragem para lutar: “Vou conseguir sim (trazer meu irmão da Bahia), ou não me chamo Jonas, nome que honra aquele que sobreviveu na barriga de peixe. Um homem como eu, tem que aprender ter couro duro, porque não sou dos que vieram para ganhar. Sou dos que vêm com a derrota marcada na testa desde o dia que vê a luz. Se quiser virar o jogo tem que ser muito forte.”</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Mais do que suas profissões que, aparentemente, distinguem as pessoas (personagens), esse livro acerta quando traz a confluência da humanidade dos homens, os sofrimentos se igualam, aproximam e, se compreendem numa corrente lúcida de fraternidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Em tempos de literatura para estranhar...para chocar...este me conforta, reconhecemo-nos como leitora e livro em um caloroso abraço. E por ser facilmente digerível, não perde em maestria...aquela simplicidade que só um talentoso escritor alcança.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;">FABIANI, Marco. Um Bourbon para Faulkner. Londrina: Kan, 2018.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;">Marco Fabiani é médico cardiologista em Londrina, autor dos volumes de contos Trilhas do Fogo (2004), Contos de Pau e Pedra (2005) e Histórias de um Norte tão velho (2009). Também é autor do romance A Memória é um Pássaro sem Luz (2013), todos publicados pela Atrito Arte. É membro da Academia Londrinense de Letras, Ciências e Artes.</span></div>
Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-28397046703218524722018-07-25T20:18:00.003-03:002018-07-25T20:44:43.553-03:00Ultrapassando as fronteiras do real, em A perpetuação da espécie, de Fernando Andrade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-o1MNXbaKA-o/W1kLLlsEO2I/AAAAAAAAWqM/8kXrIHMOqe0sk6Q38Uzq9pm3hH9Yz83ogCLcBGAs/s1600/37743316_1768108263266499_4303654799364063232_n.jpg" imageanchor="1" style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 16px; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="160" data-original-width="160" src="https://4.bp.blogspot.com/-o1MNXbaKA-o/W1kLLlsEO2I/AAAAAAAAWqM/8kXrIHMOqe0sk6Q38Uzq9pm3hH9Yz83ogCLcBGAs/s1600/37743316_1768108263266499_4303654799364063232_n.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;">por Alexandra
Vieira de Almeida – Escritora e Doutora em Literatura Comparada (UERJ)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
novo livro de poemas de Fernando Andrade, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A
perpetuação da espécie</i> (Penalux, 2018), nos vem falar de uma ultrapassagem
(dos gêneros, do tempo, da circunscrição à nossa própria espécie). Avançar
sobre as margens que nos toldam enquanto humanos parece ser a máxima de sua
obra excepcional. Digam-se, as margens com que fomos fabricados pelo senso
comum, pela esqualidez de um sistema fechado em binarismo e algarismos
perfeitos. Fernando Andrade utiliza uma linguagem experimental infensa aos
ditames de uma lógica ocidental. Sua lógica é outra, não caótica, mas criativa
e inaugural a espantar os fantasmas de uma gramática perfeita e engessada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Este
livro fabrica auroras e ocasos, luzes entremescladas de afetos e lembranças que
se movem em liberdade. A liberdade de criação pulsa neste poeta magistral que
utiliza a língua a favor de uma revolução estilística. O autor carrega uma
marca toda própria. Não imita padrões e subverte a língua num propósito que
alia som e imagem. As fortes aliterações produzem imagens dilacerantes a cortar
a carne do mundo. Expõe com fluidez nossa dose de humanidade além dela própria
a perpetuar espécies além do tempo, das memórias e dos gêneros, toda uma
indumentária que é criada por uma sociedade falida em receitar doses narcóticas
de empobrecimento em nossas identidades. A identidade aqui não é regida pelos
padrões do bom comportamento. Temos identidades várias que brincam com o tempo
mortal dos sentidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Sejamos
breves, homens//Mas sejamos intensos, inteiros”, diz um dos poemas do livro.
Apesar do tempo que nos corrói e nos mata, a ultrapassagem dele é feita pela
intensidade de nossos anseios, de nossos desejos que não nos sucumbem, mas nos
faz nos elevar através dos instantes mais passageiros. Pois é a partir do
desejo que nós nos perpetuamos, que nos criamos ao longo dos tempos. As páginas
da escrita se enchem de versos sonoros a amortizarem nosso vazio e descompasso.
Quanta sonoridade em seus textos, que trazem os voos plenos de vida e beleza.
Sua obra fala de vastidões apesar do tom cotidiano de seus versos. É um sublime
desacostumado com as horas do mundo. Um sublime que aponta sua lança para o
alto, para além das fronteiras terrestres e físicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com
fina ironia, riqueza de linguagem e estilo próprio, o autor por ora aqui
apresentado nos leva a outros rumos, diferentes da malha com a qual nos
acostumamos no real. Sua poesia frutifica, arrebenta os alicerces no qual
fabricamos nossos mundos em miniatura. Seu mundo é vasto, do tamanho de todo o
universo. Deleita-se com os sonhos acalentadores dos desejos. O amor para além
da banalidade do real nos impulsiona para adiante e nos faz desbravadores de
projetos inimagináveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A imaginação pulsante de Fernando Andrade nos
leva para o terreno dos mitos também, que não se prendem ao conteúdo
desgastante do nosso cosmos circundante. Portanto, nessa obra inventiva de
Fernando Andrade, temos um autor que ultrapassa as fronteiras do que
acreditamos ser mais sólido no nosso mundo, trazendo a vida aberta aos vários
sentidos do real. Sua voz polissêmica e plural é o gatilho para novos sentidos
e deslumbramentos. Sua poesia nos conduz a percepções várias, fragmentando a
realidade em tons maiores. Seu livro vai deixar marcas perceptíveis em várias
gerações, perpetuando linguagens ricas e diversas, alterando sentidos e
trazendo a novidade e o frescor de uma poética verdadeira.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-o1MNXbaKA-o/W1kLLlsEO2I/AAAAAAAAWqM/8kXrIHMOqe0sk6Q38Uzq9pm3hH9Yz83ogCLcBGAs/s1600/37743316_1768108263266499_4303654799364063232_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="160" data-original-width="160" src="https://4.bp.blogspot.com/-o1MNXbaKA-o/W1kLLlsEO2I/AAAAAAAAWqM/8kXrIHMOqe0sk6Q38Uzq9pm3hH9Yz83ogCLcBGAs/s1600/37743316_1768108263266499_4303654799364063232_n.jpg" /></a></span></div>
</div>
Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-18039508096668386192012-06-25T00:53:00.001-03:002012-06-25T00:53:38.880-03:00Coletivo Subverso em "a poesia voa", no Circo Voador II<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/T8EmxxyKZMo?fs=1" width="459"></iframe>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-80164297257642676512012-06-24T18:49:00.001-03:002012-06-24T18:49:00.164-03:00Coletivo Subverso em "a poesia voa", no Circo Voador<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="http://www.youtube.com/embed/fWK4tRaUCZ8?fs=1" width="480"></iframe>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-35124950469358505402012-06-24T18:41:00.001-03:002012-06-24T18:41:31.347-03:00TV Escola - Segunda Semana de Poesia<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="http://www.youtube.com/embed/9Zc6v4G1HnU?fs=1" width="480"></iframe>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-74080249030529351422012-05-09T00:56:00.002-03:002012-05-09T00:56:21.202-03:00De quando o livro não é a salvação, por Ronaldo Ferrito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.musarara.com.br/wp-content/uploads/2012/04/best-seller.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img src="http://www.musarara.com.br/wp-content/uploads/2012/04/best-seller.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Considerações fenomenológicas aos best-sellers ou De quando o livro não é a salvação</b></div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Ao amigo Aderaldo Luciano,</div>
<div style="text-align: right;">
admirador convicto de Tom Clancy</div>
<br /><div style="text-align: justify;">
Não faz muito tempo, estava reunido com alguns colegas num bar da Álvaro Alvim, centro do Rio, após o lançamento do livro de um amigo comum, que não somou mais de 30 pessoas. O curioso desse número não era tanto a óbvia escassez de leitores interessados em autores novos e sem renome, senão o seu caráter de pura cumplicidade. Dos presentes, a maioria, não por acaso, era de escritores – que garantiam ali uma visita recíproca quando fossem o autor da vez –, e a restante minoria contava alguns poucos parentes, que já na primeira hora da noite se retiravam, demonstrando estarem apenas cumprindo um suposto papel de família: o de apoiar, mesmo a contragosto, os projetos mais desacreditados de seus consanguíneos. Depois deste quadro em crise, o clima humano em nossa mesa foi o mais nublado possível para uma comemoração; pelo menos até o momento em que um dos colegas, após um gole lento de cerveja, nos lançou seu gracejo inesperado: “estou escrevendo um best-seller!”. Todos rimos agradecidos pelo lampejo de alegria, mesmo nos sendo evidente que, além do anacronismo, a frase nos propunha uma lamentável incoerência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se, por um lado, a ideia de um livro se arvorar em best-seller (o mais vendido) – mesmo antes de estar nas livrarias – causa entre escritores e intelectuais algum ridículo; para a máquina maciça do mercado editorial, essa mesma ideia inconsistente fundamenta o princípio vital de sua atividade, isto é: um livro só deve ser editado e distribuído se direcionado vantajosamente a um público leitor relevante. Nessa outra modulação de “público”, é preciso entender sobretudo o que passa a significar um “leitor relevante”. Certamente tal instância nada tem a ver com uma alta formação cultural de um indivíduo ou com uma exigência de leitura sofisticada. Na verdade, essa “relevância” do público leitor é muito mais simples do que isso, ela não se compromete com qualquer experiência de interlocução que possa torná-lo mais crítico, ou que favoreça sua autonomia intelectual e a consequente afirmação de uma sua diferença. Ora, ensejar diferença e autonomia seria permitir a transformação espontânea e aleatória desse mesmo público, o que redundaria no descontrole e inevitável morte de um mercado que precisa padronizar para prever suas vendas. Não é novidade que, nesta lógica de mercado, o público já deve estar pronto para receber o livro antes mesmo que ele seja lançado, ou pelo menos antes que algum crítico o tenha resenhado. Portanto, essa “relevância” editorial conta com o mínimo de experiências modificadoras deste público, se baseia na manutenção de padrões de consumidores e na eliminação de suas possíveis diferenças, em favor da formação de uma instância coletiva e uniformizada. O resultado dessa operação sistêmica é catastrófico: a privação das possibilidades do diálogo radical (porque autêntico) travado entre livro e leitor – relação que é a própria inauguração e sentido da leitura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa proposta editorial, a leitura “relevante”, que antes nos solicitava um longo período de dedicação e de constante mudança na nossa mundividência, é entendida – dentro da sôfrega dinâmica dos campeões de venda – como um procedimento simplório de decodificação de palavras e de compreensão imediata. Ela se esgota na mera satisfação e na cômoda concordância com as expetativas prévias de quem lê. Leem-se 500 páginas em um dia, sem se correr o risco de se ter que refletir sobre ao menos uma delas novamente, salvo se essa for uma ponte técnica que se esqueceu na gordura do enredo – o que não seria propriamente “refletir” sobre algo. O resultado dessa atitude de leitura, recente no Brasil, é visível em qualquer lugar, mesmo nas mesas tantálicas de escritores. O “leitor relevante” criado nesta dinâmica mercadológica, e alimentado pelas grandes editoras, é a figura já majoritária do consumidor frequente de um livro sem leitura. Nessa abstração absurda, o livro mesmo é a única coisa irrelevante (uso agora a palavra sem orçá-la na semântica do mercado). Sem a experiência real de uma leitura, o livro não é mais do que um produto alienante como outro qualquer em uma prateleira especializada; e o seu leitor, também não mais que uma ardilosa “ficção” – tanto este quanto o livro chegam mesmo a não existir enquanto experiências efetivas. Prova dessa ausência de sentido existencial, ou de autonomia de sentido, se vê no modo como tais livros nos chegam. Antes mesmo de qualquer crítico os resenhar (sem querer dar mérito a resenhas), são anunciados e sucedem um a outro como se fossem quase uma mesma obra: o sucesso de um livro anterior contamina o outro que acaba de chegar, ou mesmo o próximo que sequer foi terminado. Um exemplo atual é o recente estouro de George R.R. Martin (Crônicas de Gelo e Fogo) anunciado no Brasil com a seguinte fórmula: “O melhor clássico do gênero desde O Senhor dos Anéis”. Além de afiançar o livro como “melhor” e como “clássico” antes mesmo de ter sido terminado, o anúncio pretende obliterar todas as demais publicações, tratando-as como concorrência. Essa concorrência de fato existe nessa lógica, ela é a coesão de um público único que não deve ser dividido. O novo best-seller de G. Martin conta com os leitores de Tolkien para esvaziar as prateleiras das megastores. A estratégia aqui, longe de primar pela demarcação de uma diferença própria de um livro em relação aos demais, é a de igualá-lo a todos, para depois sobrepujá-los. Até mesmo a palavra “gênero”, que aparece despretensiosa no anúncio, revela uma setorização e uma territorialização. Não imagino possível o mesmo ser feito com autores de narrativa magistral e de intensa potência de pensamento como Guimarães Rosa e Graciliano Ramos; ou Adonias Filho e Jorge Amado. Seria aniquilar as suas diferenças e autenticidades, além de que nem um leitor razoável concordaria. Dizer que “Guimarães é o melhor clássico do gênero desde Graciliano” seria demasiado contundente, seria não ter passado pela experiência de leitura de nem um dos dois. Toda essa propaganda só é possível quando um romance já nasceu no berço que os faz best-sellers. As suas vendas astronômicas nada têm de espontâneas ou acidentais. Daí aquela frase de meu amigo ser risível, embora possível e até comumente praticada. Um escritor produzir um best-seller premeditadamente é abrir mão de sua obra e de leitores reais, para servir a gigantes editoriais e alavancar consumidores de livros.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é minha intenção produzir argumentos contra best-seller, essa atitude seria não só inútil, mas também um ato intolerante e gratuito contra os leitores que optam apenas por fruição, num dado momento de suas vidas, fazendo da leitura um entretenimento passageiro. A questão aqui não é ingênua. Não se trata de censurar a produção de uma linha editorial com livros comerciais para os leitores, mas sobretudo rechaçar a formação de leitores para os livros comerciais. Atualmente esta é quase exclusiva. Obviamente, o mercado livresco, ainda que dominado por gigantes de linhas editoriais preeminentemente comerciais, não teria o poder de moldar um tipo conveniente de leitor brasileiro, caso esse estivesse previamente guarnecido de certo senso crítico. Essa formação crítica, porém, está hoje explicitamente ameaçada por alguns governos que, ao fazerem compras infundadas com certas editoras (não falo de editais abertos, mas de projetos prontos saídos de dentro de secretarias e fundações municipais de educação), estabeleceram planos de alfabetização e formação de leitores dentro de uma lógica absurda e aviltadora. Recentemente fui testemunha de uma implementação bibliográfica dentro de um município por meio de um projeto de formação de leitores. Com o pretexto estouvado de que os títulos novos atendiam aos interesses dos adolescentes atuais, o tempo de leitura dessas crianças foi ocupado com títulos de J.K Rowling e Stephenie Meyer, solapando não só uma certa literatura brasileira contemporânea, mas qualquer outra estrangeira de qualidade. Nesse câmbio, não se cogitou sequer escolher livros de escol em língua inglesa, claramente não se tratava de interesse na produção literária de outros países. Pergunto-me: quais foram então os critérios de escolha desses títulos? Dar a crianças a responsabilidade sumária de decidir, mesmo sem nada conhecerem de livros, pelo que é mais fundamental em sua formação de leitores seria sobretudo um ato vilipendiante – tira as condições de desenvolvimento e consequente inclusão social de uma pessoa de escola pública no único espaço formal que ela possui para tanto – e de puro mau-caratismo. E não se pode acreditar em maus-carateres que queiram agir puramente, somente realizar o mau-caratismo, sem levar consigo alguma vantagem. Essas escolhas, no melhor dos casos, demonstram menos a preocupação real e ética com a formação de bons leitores (ninguém afinal precisa de cultura literária formal e escolar para ler “Crepúsculo”) do que a busca cada vez mais obsessiva e pragmática de que as pessoas comecem a “ler”, de que sempre estejam “lendo”, “lendo”, não importando neste ato o que elas leem. Percebemos facilmente que, até mesmo no contexto da educação, vigora de modo amplo o sentido de “leitura” próprio ao mercado editorial. O poder executivo brasileiro se preocupa hoje em investir massivamente na erradicação do analfabetismo de sua população, mas tais investimentos correm o risco de tirar o indivíduo de uma situação de carestia cultural para um outro nível de precariedade: o avassalamento cultural e a sua massificação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ronaldo Ferrito é ensaísta, poeta e editor da Confraria do Vento. Doutorando em Poética, pela UFRJ, publicou o livro A Via Excêntrica (2010), premiado com a bolsa para escritores da FBN, na categoria ensaios literários. E-mail: <a href="mailto:roferrito@gmail.com">roferrito@gmail.com</a><br /><br />ORIGINALMENTE PUBLICADO NO PORTAL MUSA RARA - Literatura e Adjacências - <a href="http://www.musarara.com.br/de-quando-o-livro-nao-e-a-salvacao#comment-864">http://www.musarara.com.br/de-quando-o-livro-nao-e-a-salvacao#comment-864</a></div>
</div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-29824180991243344312012-04-12T20:19:00.000-03:002012-04-12T20:19:00.903-03:00Prosa de palavras, de Karen Debértolis<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>ARRISCO-ME ARRISCA-TE A VIDA </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Karen Debértolis, em sua “Prosa de Palavras”, coloca-nos em risco logo em seu primeiro texto. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“Língua” nos joga na cara palavras afiadas deste deserto de asfaltos e ignorâncias em que nos encontramos. Sem meias palavras e nem doces elogios, Karen abre-nos para o livro com palavras diretas como flechas que acertam o alvo, na mosca. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nos textos que se seguem, suas palavras nos conduzem a imagens cotidianas, momentos de introspecção, reflexão e refinada lucidez. A dinâmica dos textos produz tensões e suspiros. Respiramos em meio a bombas, desertos áridos e cores foscas com “Pés da Nuvem” e “Amor”, como em um oásis que dá uma trégua e refaz energias para enfrentarmos novamente as areias escaldantes. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Adiante, Debértolis continua em sua constante necessidade de nos jogar na cara (e não é de hoje e nem apenas neste seu livro que ela teima em falar incômodos) imagens que não existem aparentemente, mas as quais pulsam atrás de nossas retinas. Vislumbra sonhos impregnados, cotidianamente, em cada um de nós, para finalizar com sangue que escorre e grita da seiva da natureza, seiva que antes era refrescante e alimentava a humanidade, mas que agora, vermelha e densa, resseca as nossas almas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Karen Debértolis escreve como quem uiva em noites de lua cheia, como que para nos lembrar/avisar da vida, situação-espaço a ser encarada, a cada momento, antes do abismo final. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não existe dia possível sem um risco a ser desvendado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Fernanda Magalhães </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Artista, performer, fotógrafa, arriscando-se ao escrever para “A Mulher das Palavras” </span></span></div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-77940031055298605332012-04-11T01:38:00.001-03:002012-04-11T01:38:38.632-03:00domingos em nós, de Beatriz Bajo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">originalmente publicado no blogue da RUBRA CARTONEIRA EDITORIAL - <a href="http://rubra-c-editorial.blogspot.com.br/">http://rubra-c-editorial.blogspot.com.br/</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-JfTX-2Q98Mg/T4UKXBpD6eI/AAAAAAAAAFk/rlDgXxuFZOg/s1600/DSC01800.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-JfTX-2Q98Mg/T4UKXBpD6eI/AAAAAAAAAFk/rlDgXxuFZOg/s320/DSC01800.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><div style="text-align: center;">
<b>prefácio da autora</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
o livro é uma tentativa de resgatar sóis, reacender estrelas que estão sendo opaciadas no fazimento da geleia real cotidiana. os apagamentos causados pelo sistema educacional brasileiro são um assassinato como qualquer outro e provocam máculas pra toda vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
por isso, resolvi rasgar verbos nos versos vomitados de ira contra o processo falido da educação mascada tantas vezes em minhas experiências em sala de aula; mas abri os botões dos motivos concernentes aos aprendizados, e bordei no livro as peregrinações do ser por e para dentro de si; um caminho para a ascensão da luz interior através dos encontros com os autodidatas.</div>
<div style="text-align: justify;">
também pensando no devir, conceito surgido desde Heráclito - o filósofo discorre que a única coisa imutável na realidade é a mudança, asseverando: “Tu não podes descer duas vezes no mesmo rio, porque novas águas correm sempre sobre ti” - e retomado por Nietzsche em “torna-te quem tu és”, o livro fotografou cenas cujo tema é aprendizado e caminho para o vir a ser.</div>
<div style="text-align: justify;">
para se aprender, são necessários infância (mesmo que seja a de dentro) e asas. neste sentido, a palavra costura e cria mundos; logo, criança aqui é seiva aos versos e a chave mestra da vida e de todas as instituições falidas. só o olhar atento às singelezas pode salvar-nos do mundo sombrio.</div>
<div style="text-align: justify;">
este trabalho revela imagens a um diário ontológico impreciso, em que não há domingos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Beatriz Bajo</div>
</span><div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-jZbYsp7w1Ss/T4UKa6wDwNI/AAAAAAAAAFs/ZZRQSiiSupg/s1600/DSC01801.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-jZbYsp7w1Ss/T4UKa6wDwNI/AAAAAAAAAFs/ZZRQSiiSupg/s320/DSC01801.JPG" width="320" /></a></div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-42734754555516951762012-04-11T01:35:00.001-03:002012-04-11T01:40:52.053-03:00rio sou francisco, de Chico César<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">originalmente publicado no blogue da RUBRA CARTONEIRA EDITORIAL - <a href="http://rubra-c-editorial.blogspot.com.br/">http://rubra-c-editorial.blogspot.com.br/</a> </span></div>
<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-wkLRGgBHt8U/T4UJAptlqII/AAAAAAAAAFc/cBvBqsZGJDk/s1600/DSC01808.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-wkLRGgBHt8U/T4UJAptlqII/AAAAAAAAAFc/cBvBqsZGJDk/s320/DSC01808.JPG" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">o versador de líquidos</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Por Beatriz Bajo*</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
rio sou francisco foi o livro inspirador à criação da Rubra Cartoneira Editorial, que institui o fenômeno “cartoneirismo” no estado do Paraná. cartonerismo é um termo advindo da iniciativa de algumas editoras utilizarem papelão para a confecção das capas de livros, nascido em consequência da crise argentina de 2002, que culminou com a criação da Eloisa Cartonera e outras editoras, espalhando-se pela América Latina e atingindo alguns países da Europa, como Espanha e Alemanha. rio sou francisco, então, inaugura o selo com outros autores eleitos pelo amor. </div>
<div style="text-align: justify;">
depois de ler Cantáteis: cantos elegíacos de amozade, fiquei assombrada com o talento poético de Chico César. seu primeiro livro merece ser lido e relido, haja vista que o poeta constrói uma rapsódia em cordel com versos enfeitiçados e desdobrados em belíssimas imagens.</div>
<div style="text-align: justify;">
sete anos depois, seus poemas tornam-se cordas feitas com tendões inflamados pelo arco tensionado a cada flechacesa disparada nos olhos bem abertos do leitor. lira rica que compõe laços, enrosca-se em nós, acorda cidades e embala casas no colo silencioso de cada poema constelado no “céu de solua”.</div>
<div style="text-align: justify;">
Chico fabrica uma poesia atrevida, vigorosa, em que as palavras dançam no ritmo endiabrado de seu resfôlego...mas conhecem o momento de estancar e permanecem no seio encantado da cara literatura.</div>
<div style="text-align: justify;">
com a língua rara da poesia, o autor lambe versos que vão aguando os botões floridos das palavras aladas, desabotoando escuridões...e, assim, bebemos a água doce do rio que é o Chico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">A ENERGIA DA HARMONIA</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Por Marcelo Ariel**</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Poesia e música se entrelaçam e se encontram dentro da energia do silêncio, fonte e destino de toda a música do mundo e força ampliadora dos sentidos de todos os poemas. Chico e Francisco se abraçam dentro dessa energia, talvez a poesia seja uma maneira de converter a energia da memória, matriz de todos os sonhos em música, um tipo de música que é uma fusão de todos os silêncios que atravessam nossas vidas: a interior e a exterior.</div>
<div style="text-align: justify;">
Chico e Francisco dialogam dentro desse livro com o silêncio e os silêncios, a música e as músicas, dialogam e se abraçam como um rio abraça o mar, o menino e todo poeta é em essência um menino antigo e o homem, todo músico é no fundo o destino-devir interior do fator humano.</div>
<div style="text-align: justify;">
Chico e Francisco aqui se encontram unidos para sempre porque a poesia ao conferir um sentido maior para o silêncio e os silêncios, para a música e as músicas, se confunde com a vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
______________________</div>
<div style="text-align: justify;">
*Beatriz Bajo é poeta, editora-geral da Rubra Cartoneira Editorial, revisora, tradutora, professora de língua portuguesa e literatura, especialista em Literatura Brasileira (UERJ). Seus livros são a face do fogo (SP, 2010), : a palavra é (PR, 2010) e domingos em nós (PR, 2012). Mantém o blogue Linda Graal (<a href="http://lindagraal.blogspot.com/">http://lindagraal.blogspot.com/</a>).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
**Marcelo Ariel é poeta, conselheiro editorial da Rubra Cartoneira, dramaturgo e performer. Seus livros são Me enterrem com a minha Ar-15 (Scherzo-Rajada) (SP, 2007); Tratado dos Anjos Afogados (SP, 2008), O céu no fundo do mar (SP, 2009), Coltrane Blues (SP, 2010), Conversas com Emily Dickinson e outros poemas (RJ, 2010), A morte de Herberto Helder e outros poemas (SP, 2011), A segunda morte de Herberto Helder (PR, 2011) e Cosmogramas (PR, 2012). Mantém o blogue<a href="http://teatrofantasma.blogspot.com/">http://teatrofantasma.blogspot.com/</a>.</div>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-37535971963256547732012-04-11T01:29:00.002-03:002012-04-11T01:29:50.946-03:00Cosmogramas, de Marcelo Ariel<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">originalmente publicado no blogue da RUBRA CARTONEIRA EDITORIAL - <a href="http://rubra-c-editorial.blogspot.com.br/">http://rubra-c-editorial.blogspot.com.br/</a></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-HKvnAzhr-co/T4UHyV7ZLII/AAAAAAAAAEs/gZ1-Wbkf4W4/s1600/DSC01864.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-HKvnAzhr-co/T4UHyV7ZLII/AAAAAAAAAEs/gZ1-Wbkf4W4/s320/DSC01864.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><div style="text-align: center;">
<b>Prefácio do autor</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrito especialmente para a RUBRA CARTONEIRA EDITORIAL de Londrina, uma ideia-ressonância que foi materializada por Beatriz e Jesus Bajo. Este livro se divide em duas partes, na primeira chamada Cosmogramas estão os fragmentos de coisas que escrevi dentro do mangue de Cubatão, uma série profundamente inspirada na audição do disco COISAS de Moacir Santos, o que o Mestre Moacir chama de Coisas eu chamo de Cosmogramas, trata-se da mesma energia espiritual da natureza, que ele traduzia como música e eu ambiciosamente traduzo como textos. Não me interessa mais escrever poesia, é um campo infestado de egomaníacos sutis, me identifico profundamente com o que o grande Nicanor Parra quer dizer quando chama a si mesmo de ‘antipoeta’, escrevo uma coisa híbrida entre o poema e a meditação koan do Zen. Me interessa mais o koan do que o poema. Ainda não desenvolvi a elegância suprema de não assinar mais meus textos, a própria ideia de autoria é ridícula como os conceitos de pátria, fronteiras, nomes e etc. Sou como você, um covarde, e não possuo a coragem extraordinária de viver sem um nome. Me tornar eu mesmo uma Coisa, um Cosmograma vivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Marcelo Ariel</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/--AAzTgKu1vE/T4UH60Z3m7I/AAAAAAAAAE0/f3X33KLwrQU/s1600/DSC01867.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/--AAzTgKu1vE/T4UH60Z3m7I/AAAAAAAAAE0/f3X33KLwrQU/s320/DSC01867.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-JMv8HYd-UcQ/T4UH-_t346I/AAAAAAAAAE8/bIo8xMKhnG4/s1600/DSC01868.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-JMv8HYd-UcQ/T4UH-_t346I/AAAAAAAAAE8/bIo8xMKhnG4/s320/DSC01868.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-YwL1EZ7hdj8/T4UIC_43idI/AAAAAAAAAFE/z6yvOPQvvvw/s1600/DSC01869.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-YwL1EZ7hdj8/T4UIC_43idI/AAAAAAAAAFE/z6yvOPQvvvw/s320/DSC01869.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-YZDr2haoSr8/T4UIHiBEQyI/AAAAAAAAAFM/RxN5Up2p2HM/s1600/DSC01871.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-YZDr2haoSr8/T4UIHiBEQyI/AAAAAAAAAFM/RxN5Up2p2HM/s320/DSC01871.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-HULN_4xfDqc/T4UIMpEYbxI/AAAAAAAAAFU/SOwAEhkwTLE/s1600/DSC01872.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-HULN_4xfDqc/T4UIMpEYbxI/AAAAAAAAAFU/SOwAEhkwTLE/s320/DSC01872.JPG" width="320" /></a></div>
<br />Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-24221663996042954052012-04-11T01:23:00.004-03:002012-04-11T01:23:50.757-03:00Não tenho pena do poema, de Reynaldo Bessa<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">originalmente publicado no blogue da RUBRA CARTONEIRA EDITORIAL - <a href="http://rubra-c-editorial.blogspot.com.br/">http://rubra-c-editorial.blogspot.com.br/</a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-P3FmKKfn7Qs/T4UG6rTpxkI/AAAAAAAAAEk/FuCc5XnG58Q/s1600/DSC01866.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-P3FmKKfn7Qs/T4UG6rTpxkI/AAAAAAAAAEk/FuCc5XnG58Q/s320/DSC01866.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large;"><b>a melhor forma de matar o tempo</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Por Beatriz Bajo*</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">do meio da fila indiana formada pelas reticências que visitam as línguas, irrompem versos que rugem. incisivos como uma fera faminta atrás de sua presa, alvoroçando a floresta-linguagem com suas patas-palavras afiadas na jugular do poema.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">masculina. aguda. atrevida, a voz não tem pena do poema porque o trata também como impiedoso. e ímpio para ela pode ser o trabalho rascante do artista (mais invisível do que seu olhar oblíquo):</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>volto (volto?) sob o pó do cansaço, encharcado</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>de noites e</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>com os dedos trêmulos ainda tentando segurar</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>a alça de um ataúde</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>que há pouco desapareceu no escuro que nunca</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>morre. (44)</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, a vida:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>dentro</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>da velha companheira</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>caneta bic,</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>uma dor líquida</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>cor azul-infância. (11)</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">ou a fêmea</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>sinto por você o que o amor ainda desconhece (36)</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, numa luta corporal em que cada um perde um pouco de si, sangue derramado sobre o tempo a galope que escoiceia os anos descompassados como uma espada que atravessa o pescoço de uma criança desavisada dos prazos de validade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Reynaldo Bessa, depois de Outros Barulhos - Poemas e Algarobas Urbanas, reaparece como um serial killer, sujo da graxa da vida, manchado de humanidade, esbaforido por nadar contra a maré dos instantes...munido com verbos apimentados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">não há piedade na poesia besseana porque seu maior inimigo está no espelho e tem a medida exata de sua força, a estatura de todos os seus medos e usa da mesma faca tantas vezes amolada no porão de si - arma branquíssima aos silêncios desafiadores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">o poeta atira versos, atiça a fogueira dos encontros, levanta as saias das meninas que dormem nas suas mulheres, sacode a rua como um moleque deslumbrado com sóis escondidos e assim engatilha um livro de alto calibre:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>apenas quero ser arrebatado</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>como o serial killer que no fundo mata</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>para, enfim! ser preso (47)</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">enfim! a presa é o leitor que desenvolve depois da leitura de Não tenho pena do poema a Síndrome de Estocolmo, em que a ameaça transforma-se em prazeroso sequestro do tempo morto para o êxtase renascido por dentro da literatura, espelho do mundo que não morre mais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">___________________</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">*Beatriz Bajo é poeta, editora-geral da Rubra Cartoneira Editorial, revisora, tradutora, professora de língua portuguesa e literatura, especialista em Literatura Brasileira (UERJ). Seus livros são a face do fogo (SP, 2010), : a palavra é (PR, 2010) e domingos em nós (PR, 2012). Mantém o blogue Linda Graal (<a href="http://lindagraal.blogspot.com/">http://lindagraal.blogspot.com/</a>).</span></div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/01553947446402299530noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-43198553182460827172012-02-14T03:58:00.000-03:002012-02-14T07:22:57.986-03:00O livro das sombras ou O livro dos mais pequenos silêncios, de Léo Mackellene<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_yMxHrsvNmY/TzoBbzOvc4I/AAAAAAAABno/eiqGQni_xKk/s1600/PQAAAHlpkbQ3U5qaqxK2-g29csc_uwLgEtSuOugDJPUCRr1dmq7vwxaOyXm_eBwiiAu1TJC8rO4yDOX_HkCxpkPJbF8Am1T1UJ0udUPZCF8e_Zz5VPFDVIVw67iy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-_yMxHrsvNmY/TzoBbzOvc4I/AAAAAAAABno/eiqGQni_xKk/s320/PQAAAHlpkbQ3U5qaqxK2-g29csc_uwLgEtSuOugDJPUCRr1dmq7vwxaOyXm_eBwiiAu1TJC8rO4yDOX_HkCxpkPJbF8Am1T1UJ0udUPZCF8e_Zz5VPFDVIVw67iy.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15px; text-align: left;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Heidegger deixou os rastros de que “Jamais e em nenhuma língua o pronunciado é o dito.”</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">(HEIDEGGER, 1969, p. 44).</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O livro das sombras ou O livro dos mais pequenos silêncios, de Léo Mackellene, trata exatamente desse artifício de amontoar palavras para o estratagema do que mais se aproximaria da verdade: “Só alcançamos as palavras. E as palavras são sombras. A verdade é uma floresta nebulosa, porque a verdade não é a verdade, são palavras. Assim, reinventar o mundo, meu caro poeta, é ressignificar as palavras.” (p.9). O livro passeia pela mata espessa, entre as emboscadas, com a opacidade de quem cose para dentro, interceptando o que é brilhante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em súplica de franca natureza, o verso responde que “O mundo inteiro estremece no punho” (p.10) e denuncia o poeta como o responsável pelas mazelas de tudo, haja vista que “O mundo inteiro é culpa de quem imagina/ não de quem vive” (p.11). A trama dessa obra está aquém e abaixo da forma e das fôrmas, no cultivo em perfil denso de nascimentos. O trabalho dO livro das sombras tem a gravidade e gravidez dos signos em inauguração.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="clear: right; float: right; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-qCWb-S0VBFU/TzoC-vzrIII/AAAAAAAABnw/6oC_5TB5EBQ/s200/gse_multipart17392.jpg" /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Gota</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">abre-se</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">silêncio </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">interpelado chão </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">avança </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">furiosa </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">penetrando a terra </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">vai rasgando o chão [...] </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A vida fervilha em seiva. Uma flor borbulha pétalas. Ouve a respiração ofegante das folhas donde soa em ebulição o silêncio. - Um cardume de mãos Invisíveis se move dia e noite semeando suas sementes. (p.16). Assim Léo arquiteta um livro-casa que abriga as correntes do inconsciente pessoal, das profundidades que reinventam o mundo, onde se encontram as ligações que fazem parte das raízes de tudo o que se é e do que se manifesta. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entretanto, seu trajeto é reverso; o caminho é todo árvore em sussurro. Este “é o destino dos homens// (Raízes nos habitam)” (p.18). Mais que a coisa, busca-se sua sombra. No poema “O caminho das árvores”, percebe-se a bela metáfora da mulher-árvore. Toda feminilidade é alcançada em versos de uma sensualidade rica e apurada. Avança lenta e cautelosa sob o peso de seus galhos e seus ramos vestida de flores e sua pele de folhas. Avança pela intimidade dos caminhos. [...]Ela percebe? Percebe! Percebe! É bonita demais pra não perceber insinuações. Para mulheres assim, o mundo é inteiro uma insinuação. (pp.18-9). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim que a trilha à leitura dO livro das sombras vai sendo inventada em plena desarmonia da natureza pa[lavrada]: “a mulher é uma árvore que renasce.// A verdade não é o que existe,/ é o que a gente deixa existir.” (p.19). Na mesma medida, a concepção das novas verdades e dos significados estão em gestação, arvoradas de sentidos a serem inaugurados. Fetos afetados no útero do universo. As mulheres carregam sementes no ventre. Vem das suas certezas a altivez com que me aplaca o juízo. E da alma inquebrantável de verdades a completude com que me atrai os sentidos. Ela traz a segurança das mulheres grávidas das mulheres prenhes da verdade. A verdade o estágio mais alto de toda beleza.(p.19). As raízes de uma árvore não são fáceis de perceber; contudo, são imperativas à sobrevivência da mesma. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Também essa é a proposta dos pequenos silêncios de Léo Mackellene, em sua obra que prepara um terreno abrigado da palavra. Em “O jardim das horas”, Dois deuses acima de nós disputam o controle de nossos atos o destino e o acaso. (p.29) o que se percebe é a ida ao encontro do silêncio ao desvendamento do que ainda não foi re-velado. O oculto das coisas está nessa sacralidade silenciosa que é a verdade. A des-coberta acontece em sigilo; é na refração que se pode alcançar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ler... É uma árvore que desperta, respira profundamente e se ergue. Deixa que a palavra te leve, que ela é um barco que navega sem leme. (p.32). O silêncio esculpe a palavra; o auge do silêncio é a transcendência do tempo: “Pois entra e senta/ que o mundo é secular e ele pesa./ Diz como quem tem fome./ Pára...” (p.33). Fabulando as significações é que as palavras excursionam “O jardim silenciado”, atuando em processo metafísico, com a ciência de serem reflexo. Eu sou o último galho o que sobrou... e aqui estou sob a sombra dessas árvores e dessas plantas entre as dobras dessas páginas brancas, vivendo secretamente em ti. (p.46). Aqui se dá o esfacelamento do ser, enfraquecido de saber-se perecível. Vestígio humilde de certificar-se abaixo da sombra das palavras que não alcançam a verdade, mas, incansavelmente, procuram-na: “Aqui,/ um segundo/ é a eternidade doendo.” (p.47). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O poema que encerra O livro das sombras é “O quintal dos dias”, o terreno atrás da casa-livro, em que se operam as oportunidades da linguagem. Léo novamente transubstancia o indivíduo, agora fundindo à árvore a sabedoria humana. Gigantes sábios e benevolentes retiraram-se dos campos - onde havia gente - E embrenharam-se na floresta, Transformados também em árvores. (p.50). Descarnando-se, ou seja, fugindo da solidez do que já está posto, a obra sugere uma reflexão, uma compreensão que se dá além das palavras, em sua virtualidade: “O fruto é uma revolução silenciosa.” (p.50). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Léo Mackellene empenhou-se com uma destreza assombrosa sobre o que se passa através dO livro das sombras, em confecção íntima e precisa de uma textura sobre a matriz da palavra – o silêncio –, alcançando o que se pretendeu ou se pressentiu construir no enovelado e nodoso versejar grávido de sentidos.</span></div>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px; text-align: left;"></span><br />
<div style="font-size: 12px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px; text-align: left;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px; text-align: left;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="font-size: x-small;">referência:</span></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">MACKELLENE, Léo. O livro das sombras ou O livro dos mais pequenos silêncios. Fortaleza: Mangues & Letras, 2006.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-wzilZeA0zAo/TzoFtWP8DmI/AAAAAAAABn4/CqWOJzxbp6s/s1600/58898_1552958314721_1558058516_1349655_7402685_n.jpg" style="clear: left; float: left; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-wzilZeA0zAo/TzoFtWP8DmI/AAAAAAAABn4/CqWOJzxbp6s/s200/58898_1552958314721_1558058516_1349655_7402685_n.jpg" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span></span></div>
sobre o autor: </b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Léo Mackellene nasceu em Fortaleza no Marco Zero dos anos 80. Tocou em bandas de rock. Publicou poemas e contos. Saiu de casa aos 11 anos. Morou em cidades diferentes. Amou, se embriagou, chorou. Participou do movimento estudantil e hoje vive como mestre em literatura (UnB) e leciona na Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, na terra de Domingos Olímpio, Sobral. Mantém o blogue </span><a href="http://olivrodosmaispequenossilencios.blogspot.com/" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">http://olivrodosmaispequenossilencios.blogspot.com/</a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<span style="background-color: white; text-align: left;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12px; line-height: 15px;"><br /></span></span></span>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-6116640431773484702011-10-30T07:29:00.001-03:002011-10-30T07:31:02.566-03:00Cantáteis, de Chico César<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><strong>Cantáteis</strong> - cantos elegíacos de amozade</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-HnGEsrteb8E/Tq0iy_e-XpI/AAAAAAAABh8/iW_W5RtDAso/s1600/Meu+instant%25C3%25A2neo+14.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-HnGEsrteb8E/Tq0iy_e-XpI/AAAAAAAABh8/iW_W5RtDAso/s320/Meu+instant%25C3%25A2neo+14.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
: de entontecer</div>
<div style="text-align: justify;">
a capa é escadalosamente linda, com xilogravuras de João Sánchez (editor e impressor do Estúdio Baren) que dão o tom da literatura de cordel no mais alto estilo e vigor. o livro é surpreendente do início ao fim. o eu-lírico apresenta-se cordialmente, vindo com a primitividade poética característica das forças literária e mitológica que edificam a história humana e como num jogo mesmo de sedução, ele surge:</div>
<br />
1<br />
seu poeta preferido<br />
bem antes de ser ferido<br />
já era ferido antes<br />
não visitou as bacantes<br />
as nereidas e as ninfas<br />
quis beber de sua linfa<br />
esperou e não morreu<br />
esse poeta sou eu<br />
de lira desgovernada<br />
deliro musa amada<br />
órfão bisneto de orfeu<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
as estrofes são de 11 versos emparelhados e seguidos da intercalação ao final - a a b b c c d d e e d - como fósforos que vão se acendendo um no outro, para culminar na fogueira deliciosa da poesia dançarina, com pés ligeiros deslizados entre métricas rimas e neologismos de Chico César, que além de ser um "cantautor" brasileiro de repercussão internacional com hábil talento, sabe trazer a música pra dentro das páginas com extremo polimento, esmerilhando ideias, sensações, até o esmerado panorama de imagens ritmadas e encharcadas de significados.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
28<a href="http://4.bp.blogspot.com/-U72FKvR_sug/Tq0i-DPJUsI/AAAAAAAABiE/DGas1lr_Q_E/s1600/Meu+instant%25C3%25A2neo+12.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-U72FKvR_sug/Tq0i-DPJUsI/AAAAAAAABiE/DGas1lr_Q_E/s200/Meu+instant%25C3%25A2neo+12.png" width="200" /></a><br />
nem parnaso nem concreto<br />
o amor analfabeto<br />
não lê poemas de amor<br />
tanto faz lápis de cor<br />
ou computador que escreva<br />
a linguagem mais longeva<br />
que o amor reconhece<br />
é o próprio amor, sua prece<br />
é a pane do motor<br />
é o silêncio do tambor<br />
é a bomba na quermesse<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
numa despedida dentro da manhã que andava de carro até o aeroporto, Chico me contava de um livro que havia escrito em 1993 para conquistar uma mulher pela qual fora apaixonado. ele o fez manuscrito num caderninho (da primeira a última folha) e entregou-lhe como presente de natal.</div>
<div style="text-align: justify;">
achei tão comovente a estratégia e fiquei curiosa pra lê-lo. não conhecia detalhes do mesmo, a não ser uns versos recitados por ele que ficaram guardados com a emoção do show em que nos conhecemos, quando entreguei ao Chico meus livros.</div>
<div style="text-align: justify;">
nesta época de sua vida, CC morava em sampa. talvez isso tenha contribuído para que sua obra se tornasse uma rapsódia, porque é uma canção costurada de relatos e retratos da cidade tão exótica e camaleônica, engravidada de cores e gentes lambendo a mesma língua. Chico e seu eu-lírico de Cantáteis passeiam pelas ruas macunaímas seguindo o molejo da vida anti-heróica paulistana, mas com o mais nobre dos argumentos: o amor.</div>
<br />
55<br />
sei que no tatuapé<br />
ninguém lê lou salomé<br />
nitzsche rilke nem paul rée<br />
ninguém não: lá tem você<br />
e deve ter mais uns poucos<br />
toda terra tem seus loucos<br />
profetas visionários<br />
tem quem ganha altos salários<br />
e escondido come merda<br />
e o lindo bebê que herda<br />
sangue podre funcionário<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
e aí, o amor que Chico sentia no peito não coube mais, nem serviu a apenas uma mulher, seu sentimento transbordou pela cidade; assim como ela faz insistentemente com a garoa que alcança, mesmo que mansamente, todos os espaços, umedecendo praças, calçadas, os filetes descobertos dos comércios. também o poeta se infiltra no sentimento do povo daquele tempo e lugar, na angústia daquela gente sendo esmagada pelo concreto das rotinas e precisando tanto de serem salvas pela poesia insandecida dos peitos abertos aos encontros afetivos e efetivos.</div>
<br />
78<br />
morte e vida severina<br />
pro filho de etelvina<br />
circo césar circunspecto<br />
claríssima lispector<br />
luz na alma das mulheres<br />
sou cantor não sou alferes<br />
confidente esquartejado<br />
mas na praça do mercado<br />
minha língua tagarela<br />
canta ainda o nome dela<br />
doce morango mofado<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Chico é um poeta. nunca tive dúvida. mas seu livro ratifica o mel da linguagem aliado a um requinte de passeios literários, folclóricos, populares. não há ingenuidade nem na forma nem no conteúdo de seus versos. tudo é poesia comovendo as páginas, como vida nascendo das palavras atrevendo-se aos desdobramentos imagéticos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Obviamente, o poeta conquistou o amor da musa evocada em todo o livro. o da mulher, o da cidade e o dos leitores que se dispuseram a serem seguidos por sua mão enfeitiçada de poesia. se colocar a mão na boca, aí espanta pássaros da alma, enroscados nas cordas vocais já tão caras a tantos admiradores de seu talento musical.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><strong>REFERÊNCIA: </strong></span></div>
<span style="font-size: x-small;">CÉSAR, Chico. <strong>Cantáteis</strong>: cantos elegíacos de amozade. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-size: x-small;">DADOS DO AUTOR: </span></strong><a href="http://4.bp.blogspot.com/-gfDwVxZOcTE/Tq0kCvaqJqI/AAAAAAAABiM/1cWeN_az7l0/s1600/317084_10150325669954349_779429348_7886567_829361491_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://4.bp.blogspot.com/-gfDwVxZOcTE/Tq0kCvaqJqI/AAAAAAAABiM/1cWeN_az7l0/s320/317084_10150325669954349_779429348_7886567_829361491_n.jpg" width="320" /></a><span style="font-size: x-small;">Chico César nasceu em Catolé do Rocha, na Paraíba, em 1964. Aos 16 anos foi para João Pessoa, onde se formou em jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba, enquanto participava do grupo Jaguaribe Carne, que fazia poesia de vanguarda. Aos 21, mudou-se para São Paulo. Trabalhando como jornalista e revisor de textos, aperfeiçoou-se no violão, multiplicou as composições e formou um público. Hoje tem uma carreira artística de repercussão internacional. A maioria de suas canções são poesias de alto poder de encanto linguístico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Em 1991, foi convidado para fazer uma turnê pela Alemanha e passou a dedicar-se somente à música. Formou a banda Cuscuz Clã e passou a apresentar-se na casa noturna paulistana Blen Blen Club. Em 1995 lançou seu primeiro disco Aos Vivos e seu primeiro livro Cantáteis. </span><span style="font-size: x-small;">Tomou posse na presidência da Fundação Cultural de João Pessoa (FUNJOPE) e maio de 2009. Desde janeiro de 2010 é Secretário de Cultura do Estado da Paraíba.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-size: xx-small;">FOTO:</span></strong> <span style="font-size: x-small;">Ana Oliveira</span></div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-13786825642783093422011-03-19T20:28:00.000-03:002011-03-19T20:34:05.761-03:00Maria Bethânia canta "O doce mistério da vida"<div><span class="Apple-style-span"><div class="post-body entry-content" style="width: 506px; position: relative; line-height: 1.4; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; "><span class="Apple-style-span"><iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/HakV--x6LXM?fs=1" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></span><div style="color: rgb(51, 51, 51); "><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; "><h2 style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 24px; margin-left: 0px; position: relative; font: normal normal normal 18px/normal Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; color: rgb(114, 8, 7); padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 4px; padding-left: 0px; border-bottom-width: 1px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(175, 119, 109); text-decoration: none; font-size: 20px; letter-spacing: -1px; font-weight: bold; ">A gritaria contra o blog de Maria Bethânia é uma mistura de ignorância, preconceito e mau-caratismo.</h2><div class="tabs" style="border-top-width: 0px; border-top-style: solid; border-top-color: transparent; padding-top: 0px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; text-decoration: none; color: rgb(34, 34, 34); "></div><div id="node-1579" class="node" style="margin-top: -1.5em; margin-right: -26px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: -26px; padding-top: 1.5em; padding-right: 26px; padding-bottom: 1.5em; padding-left: 26px; text-decoration: none; border-bottom-width: 1px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(237, 231, 212); "><span class="submitted" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; text-decoration: none; font-size: 0.92em; ">por <em style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; text-decoration: none; ">Jorge Furtado</em> em 17 de março de 2011</span><div class="content clear-block" style="position: relative; word-wrap: break-word; margin-top: 0.6em; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.6em; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; text-decoration: none; display: block; "><p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 16px; padding-left: 0px; text-decoration: none; line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span">Ignorância, porque parte de idéia absolutamente falsa de que os produtores do blog – que pretende exercer a tarefa vital de divulgar a poesia – recebeu ou vai receber este dinheiro do governo. Juro que tenho saudade do tempo em que se lia fato ou ficção, hoje o que mais há são equívocos e mentiras, que não são um nem outro. O fato é que a única coisa que os produtores do blog receberam do governo foi a autorização para se humilhar, pedindo a empresários, de porta em porta, que considerem a possibilidade de, ao invés de entregar parte de seus impostos ao governo, patrocinar, com a vantajosa exposição de suas marcas, um blog de uma extraordinária artista brasileira, blog este que tem como objetivo divulgar a poesia, não há tarefa mais nobre. Nada garante que os produtores do blog terão sucesso em sua jornada de mendicância entre a elite empresarial brasileira, frequentemente iletrada. O mais provável é que consigam apenas uma parte desta verba e tenham que redimensionar o projeto, o que seria uma pena. Na minha opinião, o governo brasileiro deveria tirar do seu caixa o dinheiro (1,3 milhões de reais, uma ninharia perto da roubalheira do Detran gaúcho, dos pedágios paulistas, da máfia do governo Roriz/Arruda no DF, etc, etc...) e entregar para a Maria Bethânia, junto com um buquê de rosas e um cartão, pedindo desculpas pela confusão.<br /><br />Preconceito contra a internet, porque – como muito bem lembrou o Andrucha, na Folha: "Se fosse documentário ou filme para ser visto por cinco mil pessoas no cinema, ninguém estaria reclamando. Parece que internet não é um meio válido. Lá [no blog], os vídeos vão ser vistos por milhões, e de graça”. A distinção que alguns ainda fazem entre os meios cinema, televisão e internet seria engraçada se não fosse um empecilho ao desenvolvimento do país. Preconceito também contra os nordestinos, nas críticas sobram piadas contra os baianos, quase todas vindas do mesmo gueto branco direitista no enclave paulista, enfim, os eleitores de Kassab e Serra, gente que lê e cita a revista Veja e beija imagens de santo para ganhar voto e acha que poesia é "uma besteira".<br /><br />Mau-caratismo, porque a “polêmica” criada pela notinha da Mônica Bergamo assanha, para variar, o furor udenista que almeja – e obtém – manchetes moralizadoras. “Eu sou melhor que você”, gritam o lobão e também os três porquinhos, unidos em sua santa cruzada. Um publicitário engraçadinho – mais um – fez um blog que lhe garantiu seus 15 minutos de fama, espinafrando a Bethânia. "Criei o blog porque não recebi uma bolada do MinC e achei injusto", comenta o pândego. Pergunta: era para ser um piada? Ele pediu algum dinheiro ao MinC? Em caso afirmativo, apresentou algum projeto? Qual seria? Com que objetivo? As críticas e piadinhas sobre o caso me fazem lembrar de uma das considerações de Hamlet, matutando se vale a luta ou é melhor acabar com a agonia: “o achincalhe que o mérito paciente recebe dos inúteis”. (Na tradução do Millôr.)<br /><br />Chega a ser constrangedor ter que relembrar aos mais jovens que Maria Bethânia é uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos. Seus incontáveis discos e shows são um valioso patrimônio nacional, seu trabalho de divulgação de dezenas de compositores brasileiros ao longo de sua carreira são uma herança que ela deixa ao Brasil. Bem vale alguns barris do pré-sal. Talvez tenham sido os show de Bethânia, lá nos anos 70, meus primeiros contatos com a poesia de Fernando Pessoa e também com a prosa-poética de Clarice Lispector. Vai aqui, a ela, meu muito obrigado.</span></p><p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 16px; padding-left: 0px; text-decoration: none; line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" ><b>FONTE: </b></span><span class="Apple-style-span" style="line-height: normal; color: rgb(34, 34, 34); "><a href="http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/gritaria-contra-o-blog-de-maria-beth%C3%A2nia-%C3%A9-uma-mistura-de-ignor%C3%A2ncia-preconceit" style="text-decoration: none; color: rgb(41, 170, 225); ">http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/gritaria-contra-o-blog-de-maria-beth%C3%A2nia-%C3%A9-uma-mistura-de-ignor%C3%A2ncia-preconceit</a></span></p><p style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 16px; padding-left: 0px; text-decoration: none; line-height: 18px; "><b><span class="Apple-style-span" >dica de Ana Rüsche: um blogue que reúne poetas, atores e videomakers</span></b><span class="Apple-style-span" style="line-height: normal; color: rgb(34, 34, 34); "><a href="http://fubap.org/365poemas/" style="text-decoration: none; color: rgb(41, 170, 225); ">http://fubap.org/365poemas/</a></span></p></div></div></span></div></div></span></div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-72572942899012951622011-02-26T11:49:00.000-03:002011-02-26T19:18:29.376-03:00Sarau Sereia Ca(n)tadora<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-REPa86ZbTSs/TWl75LFQcZI/AAAAAAAABcE/qSBqFy0vudM/s1600/%255BUNSET%255D%2B%25281%2529.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 269px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-REPa86ZbTSs/TWl75LFQcZI/AAAAAAAABcE/qSBqFy0vudM/s320/%255BUNSET%255D%2B%25281%2529.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578125835632669074" /></a><div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; ">O selo de livros artesanais Sereia Ca(n)tadora promoveu nesta sexta-feira (25), às 20 horas no Sesc Santos, o lançamento de três novos títulos de poesia: <i>Olho por Olho</i>, de Regina Alonso, <i>A morte de Herberto Helder</i>, de Marcelo Ariel, e<i>HI-KRETOS</i>, de Paulo de Toledo. É o Sarau Sereia Ca(n)tadora, que contará também com a participação do escritor Flávio Viegas Amoreira, próximo autor a ser publicado artesanalmente, e do grupo experimental Percutindo Mundos. Amoreira e Ariel são dois dos autores deste blog. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; font-size: small; ">Os livros são feitos de forma artesanal, com capas pintadas uma a uma em papelão reciclado. O selo, ideia de Ademir Demarchi, editor da Revista Babel de poesia, conta com a parceria do Instituto Camará de São Vicente - ponto de cultura ligado à assistência à criança e ao adolescente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; font-size: small; ">Criado entre Santos e São Vicente, o selo Sereia Ca(n)tadora publica livros com papel reciclado e capas de papelão catado nas ruas, trazendo para a Baixada Santista uma experiência editorial que tem se alastrado por toda a América Latina, onde mais de 15 editoras "cartoneras" têm publicado uma série de poetas e prosadores em todo o continente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">O primeiro título da Sereia Ca(n)tadora, </span></span><i style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; ">Voo de identidade</i><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">, foi publicado em novembro de 2010. É uma edição bilíngue (espanhol/português) de </span></span><i style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; ">Vuelo de identidad</i><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">, do poema peruano Óscar Limache, até então inédito em português, que esteve em Santos para o lançamento.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; font-size: small; "> </span></div></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-jLA1VfM-qBw/TWkT3t3GPtI/AAAAAAAABb8/mKK0Ke7Yi40/s1600/%255BUNSET%255D.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-jLA1VfM-qBw/TWkT3t3GPtI/AAAAAAAABb8/mKK0Ke7Yi40/s320/%255BUNSET%255D.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578011461399494354" /></a><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; "><div align="center"><small><i>Uma das capas de </i>Voo de Identidade<i>, de Óscar Limache</i></small><br /></div><br /><b>Serviço:</b><br />Sarau Sereia Ca(n)tadora<br />SESC Santos</span><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; "><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; ">De: </span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 18px; "><b>Alessandro Atanes - matéria da REVISTA PAUSA - </b></span><a href="http://revistapausa.blogspot.com/2011/02/nesta-sexta-sarau-sereia-cantadora.html">http://revistapausa.blogspot.com/2011/02/nesta-sexta-sarau-sereia-cantadora.html</a></div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-36926731006412829032011-02-24T01:55:00.001-03:002011-02-24T17:58:01.095-03:00SILVAREDO É A COLHEITA DE WILMAR SILVA. OU NINHO OU ROSÁRIO OU ESPINHO?<div><div style="text-align: justify; "><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: justify; "><b><i>Silvaredo</i></b> é a colheita de Wilmar Silva. ou ninho ou rosário ou espinho? é de Silva e de Minas o que pousa no caule-livro do que se planta nos pés dos olhos arrebatados por <i>arranjos de pássaros e flores</i>, <i>solo de colibri</i>, <i>pardal de rapina</i>, <i>anu</i> e <i>salmos verdes</i>, seus cinco livros dentro do Silva, a coleção deste: SILVAREDO.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">Quando o vento sacode os versos, corrompe as palavras: “eu-curió, exangue, por t, despetalo-me” (36). E o pássaro bule com a pássara por meio de vocábulos onomatopaicos - "onde eu-rouxinol, chilreio agudos por ti"(46) - que verbalizam a ânsia do eu-lírico, assobiando aos interlocutores – haja vista a frequência de vocativos: “floro, palmas eu-estuário, planície/ de sapotis, onde te canto, ó patativa /” (23).</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">As palavras ganham cor em seu atrevimento de personificar aves e flores e inverter suas formas e cortá-las em <i>arranjos de pássaros e flores</i>. No entanto, o corte é interno e o poema é lamento denso, profundo e coalhado de antíteses e dores em tons terrosos. Wilmar é rocha que se arrebenta quando a água vai cair e vira pássaro e voa com as asas dos versos em eclipse, em elipse, todavia resplandecentes, como em "<o:p> </o:p>Arranjo de zabelê nenúfar, dia 13":</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">eu, vertical, crispo nuvens de juncos</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">e zabelê, percebo, eu solcris em eclipse</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">clave e vermelho, poente – fogo e archote</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">em clima de erosão, te entorpece,</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">ó alado arcanjo que eu chamo de ariel,</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">antes todo vale em aclive pelo declive</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">agora, aqui – sobre a origem da água,</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">desvio por igual, retinas em debrum</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">íris afluentes – neve, aragem, brisa leve</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">que rasga nenúfar / oceano e sertão (29)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">Em <i>solo de colobri</i>, há fabricação de ninhos e volúpias. Sempre a escolha é por palavras enérgicas, remetendo à virilidade masculina e à força da natureza: “sob a neblina da primavera/ rompo [ grafo pela sesmaria, no cume e montanho/ crisântemos acesos ao sol/ na clave do olhar, melnéctar” (57). O eu-lírico não metaforiza os elementos naturais, mas estes se manifestam naquele, como em “montanho”. Nomes são verbos através dos quais o poeta se transubstancia.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">Em <i>pardal de rapina</i>, novamente aparece a sensualidade e a caça pela beleza – feminina –, já que há poemas cujos títulos são referências a deusas como Afrodite, Vênus, Tétis, Dríade, além de Noiva e de Eros, deus do grego amor (cupido): “varou em mim tua papoula/ de ópio e ouro nos lábios/ erotizou-me tua pássara/ antes fugidia e fugaz” (87).</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">Em outro momento, Wilmar retorna às raízes, às corrosões: “onde habita a insana/ a seiva e a via-láctea/ sou punhal e púpura” (99), às sedes e às esfomeadas aspirações poéticas, ainda que inconsoláveis como em <i>lenitivo</i> “mesmo que eu faça um poema/árido e torrencial é o sertão” (101) ou em <i>o pão</i>: “ouço teu ir dentro da noite/ e fico preso em mim” (114). No entanto, em<i>bandeira</i>, alguma fagulha de esperança lambe suas letras: “longe de mim e longe de ti/ aves ganem no inverno da noite/ crianças ilhadas à lua/ haverão de molhar as almas” (117).</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">Em “anu”, a poética wilmariana configura o céu das palavras – estas brancas dentro de um quadrado preto, distinguindo-se da outra brancura das páginas –, fabrica-as, remodela-as, constelando significados: “<i>poçudespelhosáslisárguacor</i>” (127), desdobrando o sistema linguístico como se desdobra o firmamento...basta prestar atenção e as imagens surgem no céu, feito palavras...assim como a abertura que o poeta comete em seu livro curiosamente semeado de estrelas visuais e sonoras.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">Também o eu-lírico é um chacal, animal carnívoro de hábitos noturnos, caçador que se alimenta de carcaças concretistas, antropofágico poeta rasgando verbos dentro da galáxia semântica que fulgura assim assim:</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i>triçaentrioandorinhasanu<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i>antespeleveredaeupaulavra<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i>viropássarosoumesmoanu<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i>perdíceonocoraçãodeminas<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i>essepassarinhosóldscamiar<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i>riomarnointeriordasgraiz </i>(156)<i><o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-size: 9pt; font-family: Arial, sans-serif; color: rgb(102, 102, 102); "><br /></span>Em “salmos verdes” há brancos à esquerda e versos à direita. Silêncio e expressão. Um antes do outro...como tem de ser. E fusões e entroncamentos nas repetições de palavras roda-vivas e de conectivos sem tempo, como num transe, seções em ramos...remos? rezas? Ruídos? Há sempre lágrimas em cada prece-poema: “mina d’água para roda d’água/ fazer flor d’água” (169) ou:</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">o tigre abatido na caçada de espingarda e curupira</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">a pele do tigre exposta para mirar e farejar</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">e passar a pele das palmas e puxar a pele das plantas</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">e tocar de leve e comprar e levar para expor no mármore da casa</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">e depois e sempre pisar sem pena e nem dó</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">pisar com as plantas como se pisa na terra que também tem alma</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">e pode chorar e está chorando e chorando torrencialmente</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">e mais que a chuva e muito mais que a tempestade</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">essa tempestade toda</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">só de poemas que eu tenho lá na entranha do meu sangue (195)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">O poeta é pujante com a árvore significativa de sua <i>sagrada</i> escritura porque recorta angústias nas melodias de papel: “ah dói mesmo é pensar que sou humano// fosse primitivo meu olho de farol/ e meu ouvido cata-ventasse” (165), roendo os enfeites apalavrados na trama mais descosturada de sua poética: “essa América esse Brasil esse triângulo/ rio paranaíba e acordasse o mundo de estilhaço” (197). Tudo é roto, corroído e arde, pode ser estarrecedor, mas paradoxalmente é de uma delicadeza ímpar...aqui, Wilmar é verde, seiva radicada no poeta, original como é a poesia, banhada com a sacralidade de cada verso alimentado deste sangue tão dele que é nosso.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; ">O livro nos ramos do corpo, outra forma de prová-lo:</p></div><a href="http://3.bp.blogspot.com/-jQutajalJ-w/TWXnRS5ed8I/AAAAAAAABbM/JrehnoddjR0/s1600/1.JPG"><img src="http://3.bp.blogspot.com/-jQutajalJ-w/TWXnRS5ed8I/AAAAAAAABbM/JrehnoddjR0/s320/1.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577117997884929986" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 101px; " /></a><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Od3ATxQXvS0/TWXnRBQtLFI/AAAAAAAABbE/Z0VSXBLlre0/s1600/2.png"><img src="http://1.bp.blogspot.com/-Od3ATxQXvS0/TWXnRBQtLFI/AAAAAAAABbE/Z0VSXBLlre0/s320/2.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577117993150524498" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 293px; " /></a><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/-STYG9MrRMJs/TWXnQ15QoXI/AAAAAAAABa8/pXaqXzaA3-Q/s1600/3.jpg"><img src="http://3.bp.blogspot.com/-STYG9MrRMJs/TWXnQ15QoXI/AAAAAAAABa8/pXaqXzaA3-Q/s320/3.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577117990099394930" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 154px; " /></a><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/-436g7qrDSW4/TWXm6Sxp_BI/AAAAAAAABa0/Wci8KPvB46I/s1600/4.JPG"><img src="http://2.bp.blogspot.com/-436g7qrDSW4/TWXm6Sxp_BI/AAAAAAAABa0/Wci8KPvB46I/s320/4.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577117602715139090" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 214px; " /></a><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/-U06QLEJIeTc/TWXm6GECPoI/AAAAAAAABas/hKbkFChieEw/s1600/5.png"><img src="http://2.bp.blogspot.com/-U06QLEJIeTc/TWXm6GECPoI/AAAAAAAABas/hKbkFChieEw/s320/5.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577117599302565506" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px; " /></a><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/-xbSCMKw1mSE/TWXm53rNobI/AAAAAAAABak/aznRXdSYGZo/s1600/6.png"><img src="http://4.bp.blogspot.com/-xbSCMKw1mSE/TWXm53rNobI/AAAAAAAABak/aznRXdSYGZo/s320/6.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577117595440357810" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px; " /></a><br /><div><br /></div><a href="http://2.bp.blogspot.com/-UtruDiPIqVQ/TWXmT2YrEpI/AAAAAAAABac/Zd26yJ8kIuQ/s1600/7.png"><img src="http://2.bp.blogspot.com/-UtruDiPIqVQ/TWXmT2YrEpI/AAAAAAAABac/Zd26yJ8kIuQ/s320/7.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577116942259131026" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px; " /></a><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/-y-MI7xtLtiM/TWXmTSphxYI/AAAAAAAABaU/xPHqjybqBNs/s1600/8.png"><img src="http://2.bp.blogspot.com/-y-MI7xtLtiM/TWXmTSphxYI/AAAAAAAABaU/xPHqjybqBNs/s320/8.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577116932666148226" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px; " /></a><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/-kBZX_Nmwqpk/TWXmSypEdDI/AAAAAAAABaM/h3vqLzJ0lJU/s1600/9.JPG"><img src="http://3.bp.blogspot.com/-kBZX_Nmwqpk/TWXmSypEdDI/AAAAAAAABaM/h3vqLzJ0lJU/s320/9.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577116924074292274" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 214px; " /></a><div><br /></div><a href="http://4.bp.blogspot.com/-cdr6VbgsqIY/TWXl_zxJFeI/AAAAAAAABaE/Aq7ApfW5VBw/s1600/10.JPG"><img src="http://4.bp.blogspot.com/-cdr6VbgsqIY/TWXl_zxJFeI/AAAAAAAABaE/Aq7ApfW5VBw/s320/10.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577116597959071202" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 214px; " /></a><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/-JFirIlIH9IA/TWXl_f3Yw3I/AAAAAAAABZ8/WDe9PJuM97c/s1600/11.png"><img src="http://1.bp.blogspot.com/-JFirIlIH9IA/TWXl_f3Yw3I/AAAAAAAABZ8/WDe9PJuM97c/s320/11.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577116592616555378" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 205px; " /></a><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/-evBv9m8DP7I/TWXl_IGwtyI/AAAAAAAABZ0/M8-gU_kfcTM/s1600/12.png"><img src="http://4.bp.blogspot.com/-evBv9m8DP7I/TWXl_IGwtyI/AAAAAAAABZ0/M8-gU_kfcTM/s320/12.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577116586238588706" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px; " /></a><div><br /></div><a href="http://3.bp.blogspot.com/-luKkYxrloM8/TWXlr5poteI/AAAAAAAABZs/gXmre7KOlzM/s1600/13.png"><img src="http://3.bp.blogspot.com/-luKkYxrloM8/TWXlr5poteI/AAAAAAAABZs/gXmre7KOlzM/s320/13.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577116255940818402" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 198px; " /></a><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/-cY8m5XP6uls/TWXlrudKsmI/AAAAAAAABZk/IzM5Qy6KPXw/s1600/14.png"><img src="http://4.bp.blogspot.com/-cY8m5XP6uls/TWXlrudKsmI/AAAAAAAABZk/IzM5Qy6KPXw/s320/14.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577116252935729762" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 235px; " /></a><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/-B0Q1Qqb-fXY/TWXlrX9MLNI/AAAAAAAABZc/y721eesT9M4/s1600/15.png"><img src="http://1.bp.blogspot.com/-B0Q1Qqb-fXY/TWXlrX9MLNI/AAAAAAAABZc/y721eesT9M4/s320/15.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577116246896028882" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px; " /></a><a href="http://1.bp.blogspot.com/-jDeaFc4UQys/TWXlYlljx8I/AAAAAAAABZU/dTVK4IemV8s/s1600/16.png"><br /><img src="http://1.bp.blogspot.com/-jDeaFc4UQys/TWXlYlljx8I/AAAAAAAABZU/dTVK4IemV8s/s320/16.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577115924137494466" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 229px; height: 320px; " /></a><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/-JpQengKCcfE/TWXlYSPx5FI/AAAAAAAABZM/h5r3CoxVKIA/s1600/17.png"><img src="http://2.bp.blogspot.com/-JpQengKCcfE/TWXlYSPx5FI/AAAAAAAABZM/h5r3CoxVKIA/s320/17.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577115918945870930" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 306px; " /></a><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/-ZCVHeQ7_iGk/TWXlYaslFNI/AAAAAAAABZE/8rptVgSB2nI/s1600/18.JPG"><img src="http://2.bp.blogspot.com/-ZCVHeQ7_iGk/TWXlYaslFNI/AAAAAAAABZE/8rptVgSB2nI/s320/18.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577115921214149842" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 205px; " /></a><div><br /></div><a href="http://4.bp.blogspot.com/-XkvfrYk0Nlw/TWXlAevDIkI/AAAAAAAABY8/7cCYju6RFAw/s1600/19.png"><img src="http://4.bp.blogspot.com/-XkvfrYk0Nlw/TWXlAevDIkI/AAAAAAAABY8/7cCYju6RFAw/s320/19.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577115509981389378" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 274px; height: 320px; " /></a><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/-sEBBxGtrVG8/TWXlAOXpYCI/AAAAAAAABY0/IQ20WuDoHBw/s1600/20.png"><img src="http://1.bp.blogspot.com/-sEBBxGtrVG8/TWXlAOXpYCI/AAAAAAAABY0/IQ20WuDoHBw/s320/20.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577115505588264994" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 317px; " /></a><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/-IcDrnuJH_I4/TWXk_p2tjPI/AAAAAAAABYs/iGDTVJrP_Mg/s1600/21.png"><img src="http://3.bp.blogspot.com/-IcDrnuJH_I4/TWXk_p2tjPI/AAAAAAAABYs/iGDTVJrP_Mg/s320/21.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577115495786450162" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 248px; " /></a><br /><div><b>Referência:</b></div><div>SILVA, Wilmar. <b>Silvaredo</b>. Minas Gerais: Anome Livros, 2010.</div><div><br /></div></div><div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/-d_VmIWuIiXU/TWX0YGc6i7I/AAAAAAAABb0/CP2vnin2OI8/s1600/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o1.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 279px; height: 235px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-d_VmIWuIiXU/TWX0YGc6i7I/AAAAAAAABb0/CP2vnin2OI8/s320/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577132408454155186" /></a><div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/-d_VmIWuIiXU/TWX0YGc6i7I/AAAAAAAABb0/CP2vnin2OI8/s1600/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o1.jpg"></a><div><b>Sobre o autor:</b></div><div><div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="line-height: 15px; font-size: 11px; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; color: rgb(51, 51, 51); border-collapse: collapse; "><b>WILMAR SILVA</b>, Rio P</span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 15px; font-size: 11px; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; color: rgb(51, 51, 51); border-collapse: collapse; ">aranaíba, Minas Gerais, Brasil, 30 de abril de 1965. Livros: <b>Çeiva </b>(Brasil, 1997),</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Arranjos de Pássaros e Flores</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; ">, (Brasil, 2002), </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Cachaprego </b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; ">(Brasil, 2004), </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Anu </b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; ">(Brasil, 2008), </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Estilhaços no Lago de Púrpura/ Astillas en el Lago Púrpura</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "> (Brasil/ República Dominicana, 2009), </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Estilhaços no Lago de Púrpura/ Lágrimas en el Lago de Púrpura</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "> (Argentina, 2009), </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Yguarani</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; ">(Portugal, 2009), </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Silvaredo </b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; ">(Brasil, 2010). Performances: Afrorimbaudelia, Subida ao Paraíso, O sétimo Corpo, Ee Tu Mao, Eusmaranhados. Videopoema no Museu da Língua Portuguesa, São Paulo, Brasil. Participa das antologias: </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Antologia da Nova Poesia Brasileira</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "> (Brasil), </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>A Poesia Mineira no Século XX</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "> (Brasil), </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Oiro de Minas a nova poesia das Gerais</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "> (Portugal), </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Máscaras de Orfeo</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "> (República Dominicana). Organizou as antologias: </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>O achamento de Portugal</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "> (Anome Livros, Consulado Portugal Belo Horizonte, Fundação Calouste Gulbenkian, Instituto Camões), </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Terças Poéticas</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; ">: jardins internos (Secretaria Estado Cultura MG, Fundação Clóvis Salgado, Suplemento Literário). Curador do projeto de poesia Terças Poéticas, Secretaria Estado Cultura, MG. Trabalha no projeto de pesquisa de poesia</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Portuguesia</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; ">: Minas entre os povos da mesma língua, antropologia de uma poética, 1º. ensaio em livro-dvd com 101 (cento e um) poetas de Portugal, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Brasil (Minas Gerais), publicado em junlho de 2009. Faz o programa de literatura </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; "><b>Tropofonia</b></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; ">, um laboratório de sons e palavras, pela rádio educativa UFMG (104,5). Blogue: www.cachaprego.blogspot.com.</span></div></div></div></div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-75998358272701165002011-02-09T02:30:00.000-03:002011-02-09T03:12:12.272-03:00a face do fogo NA FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO DE FRANKFURT, ALEMANHA<div style="text-align: justify;">evidentemente que estou imensamente feliz por meu livro estar no catálogo 2010 que a editora Annablume apresentou em sua primeira participação na Feira Internacional do Livro de Frankfurt, na Alemanha.</div><div style="text-align: justify;">no entanto, mas que isso, fico feliz com a qualidade da literatura brasileira que está sendo exportada e orgulho-me por fazer parte de uma editora séria e comprometida em selecionar autores importantes ao cenário literário contemporâneo. aí, falo sobre o selo [e] editorial, do qual faço parte, em que se encontram também Marcelo Tápia, Jaa Torrano, Ana Rüsche, Márcio Américo, Ademir Assunção e Antonio V.S. Pietroforte, Tamara Sender, Héctor Hernández Montecinos (poeta chileno), Claudinei Vieira, Donny Correia, Deborah Goldemberg, Claudio Edinger (fotógrafo), Flávia Santos, Markéta Pilátová (escritora checa), Furio Lonza (escritor ítalo-brasileiro), Marília Kubota (escritora e jornalista), Luiz Roberto Guedes, Marcelo Sahea...entre outros queridos.</div><div style="text-align: justify;">parabéns a todos desta equipe, da editora Annablume, da sua parceira Demônio Negro e todos os autores, sobretudo, os do selo [e] editorial ....rs</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">deixo fotos do catálogo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img src="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TVIumaLWzRI/AAAAAAAABXs/rSxSJ4A7w-k/s320/digitalizar0001.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img src="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TVIu7DmLhLI/AAAAAAAABX0/mtX9kDmaBks/s320/digitalizar0004.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img src="http://2.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TVIvgJOtUeI/AAAAAAAABX8/fwL2zZ-aeFc/s320/digitalizar0005.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img src="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TVIvgSJWLbI/AAAAAAAABYE/HttxDM2BkiA/s320/digitalizar0006.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img src="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TVIvgsjVNjI/AAAAAAAABYM/gZHVA7e_Y9E/s320/digitalizar0007.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img src="http://2.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TVIwCaQ48cI/AAAAAAAABYU/p27yggEsBvA/s320/digitalizar0008.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img src="http://3.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TVIwCmxAW3I/AAAAAAAABYc/vMCfp1zjzf4/s320/digitalizar0009.jpg" /></div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-86433911803050664402011-02-09T00:35:00.000-03:002011-02-09T00:48:00.247-03:00orelha do FANTASIAS PARA QUANDO VIER A CHUVA<p align="center" style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:center"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">LADO DE FORA<o:p></o:p></span></b></p> <p align="center" style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:center"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">sobre o livro fantasias para quando vier a chuva, de Samantha Abreu<o:p></o:p></span></b></p> <p align="center" style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:center"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></b></p> <p align="right" style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:right"><span class="Apple-style-span"><br /></span></p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></i></p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:35.45pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Fantasias para quando vier a chuva</span></i><span style="font-family:"Arial","sans-serif""> é um livro em que a poesia caminha em cima do muro, lutando entre o lado de fora e o lado de dentro. Todo feito de imaginação caprichosa, vestindo disfarces de bom gosto e tons fortes para enfrentar a chuva, que aqui é o desfeito mundo das não-fantasias.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:35.45pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">A poesia da Sá recusa-se à quarta-feira de cinzas, fabulando versos que não escorrem, mas sacodem as poeiras da vida. Confetes de encantamento e cores de extasiar enfeitam as páginas do livro que está ambientado no baile de máscaras em que as palavras se trasvestem, envoltas pela serpentina do dizer.<o:p></o:p></span></p><img src="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TVIMCLw_P4I/AAAAAAAABXU/A7zO6h24Hd8/s320/Fantasias%2B-%2B31%2Bdez%2B2010%2B004.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 234px; height: 320px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5571528920668258178" /><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"">O livro, que está dividido em cinco temas, trabalha o embate </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">entre si e consigo em<b style="mso-bidi-font-weight:normal"> “</b>O Silencioso Recôndito”...é derramamento de uma melancolia que só compreendemos e sentimos em dias chuvosos, como acontece no poema O avess</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">o</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">: “Aqui fora, claridade./ Mas o avesso está coberto de sangue.”.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"">Os bocados femininos que foram pulverizados pelos dedos de Samantha Abreu encontram-se em “Bonecas Suspensas”, assim assim:<b style="mso-bidi-font-weight:normal"> “</b>E da ponta dos dedos da menina, luzes se decompõem poeticamente no universo.” (Mãos de Medusa). Mas, Pandora é a síntese do que está escondido debaixo dos panos da estreante poeta (nova feiticeira?), que abandona a escuridão: A]breu[.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"">A londrinense mata o real em “Onírico Enleio”: “Meu mar de mortos: ‘negro purgatório de ensejos a</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">niquilados’” e adorna-se de aspirações em “Irrepresável Vira-Ser”. Mas é em<b style="mso-bidi-font-weight: normal"> “</b>A Rubra Desordem” que o amor é “terra de ninguém” ou desencaixe ou “Uma história sem pé nem cabeça.”. Todos os guarda-chuvas aparecem na passionalidade (in) (a) (p)...algumas gotas penetram o tecido e inundam de lirismo e torpor quem se atrever a reconhecer-se: “– Você consegue ver, ele disse,/ que onde me começo/ te termino/ e que não há mais espaço/ pra ser você em você mesma?”.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"">A obra que trata de “tudo o que desorganiza” merece ser vista e vestida porque nada do que desfila em seus versos é verdade. Samantha Abreu arquiteta um cantinho cheio de deliciosas mentiras tão insubordinadas que acabam por criar outra realidade mais oportuna, bem mais digerível que a nossa...mais afortunada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"">Cair das nuvens aqui é pisar em versos, pegar quimeras e salvar-se das tempestades.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial","sans-serif"">Referência:<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial","sans-serif"">ABREU, Samantha. <i style="mso-bidi-font-style:normal">Fantasias para quando vier a chuva</i>. Rio de Janeiro: Multifoco, 2011.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial","sans-serif"">Sobre a autora:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial","sans-serif""><br /></span></b></p> <img src="http://2.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TVIM-80a83I/AAAAAAAABXk/lt7tMDLGpk4/s320/set%2B-%2B2009%2B051.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 120px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5571529964628145010" /><b><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><b><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial","sans-serif"">Samantha Abreu</span></b><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial","sans-serif"">, 1980, nasceu e ainda vive em Londrina, Paraná. Estudou Letras na Universidade Estadual de Londrina e cursa Marketing pela Universidade de Uberaba. Já foi publicada em antologias, em sites de literatura como Cronópios, Germina e Escritoras Suicidas, além de revistas literárias como a Coyote, Minguante, Lasanha, entre outras. Tem um projeto de vídeo-poema no <a href="http://www.youtube.com/user/saabreu"><span style="text-decoration: none; ">Youtube</span></a>, escreve no blogue </span><a href="http://samanthaabreu.blogspot.com/"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial, sans-serif; text-decoration: none; ">http://samanthaabreu.blogspot.com/</span></a><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial","sans-serif""> desde 2004 e também no blogue da sua série </span><a href="http://mulheressobdescontrole.blogspot.com/"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial, sans-serif; text-decoration: none; ">http://mulheressobdescontrole.blogspot.com/</span></a><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Arial","sans-serif"">. <i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Fantasias para quando vier a chuva</span></i> é seu livro de poesias, lançado em janeiro 2011, pelo selo Orpheu da editora Multifoco.</span></span></div></b><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.45pt;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></p>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-275632741825897762011-01-25T00:24:00.001-03:002011-01-25T00:27:49.251-03:00LANÇAMENTO DE : a palavra é E fantasias para quando vier a chuva NA LIVRARIA DA SILVIA<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TT5DG8ZQoFI/AAAAAAAABSQ/Kl4KsgDkrT8/s1600/lan%25C3%25A7amento%2B27%2Bjan.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 277px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TT5DG8ZQoFI/AAAAAAAABSQ/Kl4KsgDkrT8/s320/lan%25C3%25A7amento%2B27%2Bjan.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5565959976046862418" /></a><br /><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(42, 42, 42); "><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "><span style="line-height: normal; ">Nesta </span><span style="line-height: normal; ">quinta, 27/Janeiro</span><span style="line-height: normal; ">, Samantha Abreu e eu...rs...Beatriz Bajo faremos novo lançamento dos nossos livros </span><span style="line-height: normal; "><b style="line-height: 17px; font-weight: bold; ">"Fantasias para quando vier a chuva"</b></span><span style="line-height: normal; "><b style="line-height: 17px; font-weight: bold; "> </b></span><span style="line-height: normal; ">e</span><span style="line-height: normal; "><b style="line-height: 17px; font-weight: bold; "> </b></span><span style="line-height: normal; "><b style="line-height: 17px; font-weight: bold; ">":a palavra é"</b></span><span style="line-height: normal; "> (integrante do box tríade).</span></div><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "> </div><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "><span style="line-height: normal; ">O lançamento será na </span><span style="line-height: normal; "><b style="line-height: 23px; font-weight: bold; ">Livraria da Silvia</b></span><span style="line-height: normal; ">, a partir das </span><span style="line-height: normal; ">19:30h</span><span style="line-height: normal; ">.</span></div><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; ">A Livraria fica na rua Belo Horizonte, 900 (esquina com Pio XII).</div><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "> </div><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "><span style="line-height: normal; ">A gente tem muita coisa bacana pra te mostrar lá, inclusive uma discotecagem com o </span><span style="line-height: normal; "><b style="line-height: 17px; font-weight: bold; ">Dj Loof Mayanga.</b></span></div><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "> </div><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "><span style="line-height: normal; "><br /></span></div><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "><span style="line-height: normal; ">E</span><span style="line-height: normal; ">speramos você!</span></div><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "><span style="line-height: normal; "><br /></span></div><div style="line-height: 17px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "> </div><div><div style="line-height: 17px; text-indent: 0px; font-family: Tahoma; font-size: 13px; "><span style="line-height: normal; "><span style="line-height: 20px; font-size: 12pt; "><span style="line-height: normal; ">beijobeijo</span></span></span></div></div></span>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-15359884706894727532011-01-22T04:52:00.000-03:002011-01-23T18:09:24.452-03:00O SUSSURRO NOS VÃOS DOS DIAS<div><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><b>O SUSSURRO NOS VÃOS DOS DIAS<o:p></o:p></b></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><b>impressões sobre <i>Outros Barulhos</i>, de Reynaldo Bessa</b></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><b><br /></b></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">Eu não sabia o que ia acontecer até ler este livro</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">posso dizer que ele não saía da minha bolsa</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">e era um atrevimento de espionar o que de tão meu poderia caber</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">ao seu lado – tudo bem, com meu consentimento –</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">mas eu estava totalmente</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">ingênua nisso</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">em relação ao sopro que ele exerceria sobre meus dias</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">silenciosos.</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">É isso...o barulho de <i>Outros Barulhos</i> vem de seus olhos</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">refletidos nos de sua mãe</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">e das palavras, sempre elas <span></span>que</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">“se chocam no ar, outras rolam pelo chão” (30)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><br /></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">O ritmo do poeta-músico é forte como a gravidade</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">da nota acertada no meio do peito-livro</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">– que “se enche de universos” (86) –</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">em que me debruço</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">ao mesmo tempo em que desliza tênue sobre as ideias folhadas</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">assim dispara Reynaldo: “Escrevo/ porque sou viciado/ no movimento/</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">das incertezas" (83)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><br /></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">e foi então que ele (o poeta) disse-me com a palavra</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">mais deslavada, assim, numa audácia de trincar os olhos</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">os seguintes versos requintados:</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">"construo bombas para um dia</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">explodir os</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">seus silêncios" (94)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><br /></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">ok! explodir meus silêncios faz parte dessa arquitetura</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">besseana de deflagrar meu assombro diante de sua obra</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">haja vista que “isso não é um poema é uma vida, a <b>dele</b>./</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">há sangue nas entrelinhas.” (grifo meu, 114)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">a poesia de Bessa é arrebatadora exatamente por isso,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">porque é de uma sinceridade comovente, à espreita da vidinha,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">aquela que está ao alcance de qualquer um que a olhe com os canais</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">do estranhamento ligados pela intimidade com o arrepio do existir</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><br /></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">falar de <i>Outros Barulhos</i> não é difícil pelo seu imediato</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">reconhecimento no contexto literário,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">nem porque Reynaldo Bessa é um músico e compositor talentoso,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">com especial habilidade para tratar de palavras e sons</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">mas, porque agora ele lida com outros barulhos, os de dentro</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">dentro desse silêncio atordoante que é a poesia,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">porque ele trabalha com o silêncio que dói</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">que entala, que nos engasga...como diz:</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">“e esse mundo preso na garganta que não desce nunca?” (27)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">um mutismo que pode nos destronar,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">mas também pode ser construtor, no seu caso, de mundos outros</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><br /></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">o poeta escolhe versos curtos, flashes cotidianos</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">embaçados pelos tempos que se embaralham dentro</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">da vida: “apenas um dia/ que despencou do/ calendário” (37)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">e essa vida é recheada de reveses, desapontamentos,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">desencontros, e demasiada sensualidade.</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">tão adaptado ao trabalho manual de pegar as palavras,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">tropeça com a pele de palavras que escrevem o corpo desejado:</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">“seu corpo</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">é o único argumento</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">que não sei</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">refutar” (104)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><br /></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">ainda, descreve um coração insubordinado, relutando</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">com as profundezas de um ser compartilhado consigo</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">próprio. Reynaldo oferece-se partido ao presente,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">“meu coração é um filho rebelde</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">ouve música às alturas, usa piercing,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">fala estranho e está cagando pra mim.”,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">em que peleja entre o racional e o emotivo,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">novamente conjuga tempos e transita</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">entre os papéis hierárquicos <span></span>existentes</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">na instituição familiar, tão aclamada neste livro</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">de ascendências</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><br /></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">no entanto, há momentos de declinações flagrantes</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">que perturbam nossas percepções como “uma notícia estupidamente vermelha,”</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">deflorando a banalidade dos dias: “é dura feito pedra e/ voando veloz estilhaça a/</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">janela dos meus sonhos <span></span>(53)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">na obra que caminha em busca de alcançar o espectro da</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">paternidade, insígnia desfraldada pela voz tão proeminente masculina</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">dos versos de <i>Outros Barulhos</i>, o poeta conta que se lembra bem</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">apenas de um homem:</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">“costeletas aparadas e</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">cheirando a creme de barbear</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">caminhava com o andar que agora é meu</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">trazia os olhos longe, um sorriso torto e</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">estradas entre os dentes...” (88)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><br /></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">morando entre adeus adiados, Reynaldo nunca se despedirá</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">da fragilidade pueril de seus tempos miúdos</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">porque carrega a delicadeza</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">no colo dos versos: “meus pés balançavam as estrelas,”</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">e entende a brutalidade da vida sublimada na poética</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">das sutilezas: “como pode alguém com fome/</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">ter medo de relâmpagos?” (18)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><br /></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">Bessa fabula exatamente relâmpagos neste livro.</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">há momentos de versos cintilantes que</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">permanecem latejando por dentro</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">dos entendimentos</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">ou resplandecendo onde não se entenderá nunca nada</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">pois, se o poeta diz: “seus olhos/ são meu livro de cabeceira” (107),</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">eu digo que seu livro está na minha cabeceira,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">de olhos desabotoados</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">comendo minhas quietudes,</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">vasculhando o que há na minha bolsa</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">e não parará de fazer uns, certos, vários, todos</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">os mesmos ou outros barulhos.</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><br /></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; "><b>referência:</b></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center; ">BESSA, Reynaldo. <i>Outros Barulhos</i>. Belo Horizonte: Anome Lvros, 2008</p></div><div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TTqQBijQ4AI/AAAAAAAABSE/n9DFnezFF9E/s1600/Slide211.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 235px; height: 268px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TTqQBijQ4AI/AAAAAAAABSE/n9DFnezFF9E/s320/Slide211.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564918645698650114" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TTqPKA0XAdI/AAAAAAAABR8/dlKOqvCwk4Y/s1600/Slide21.jpg"><span class="Apple-style-span"><br /></span></a> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><b>sobre o autor:</b></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: justify;"><b>Reynaldo Bessa</b> é cantor, compositor e escritor. Cinco discos lançados. Lançou seu primeiro livro de poemas "Outros Barulhos" em 2008 (Prêmio Jabuti 2009) que concorreu ao Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2009.</p><p></p>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-57109731368064767042010-09-11T16:47:00.000-03:002010-09-11T16:48:08.979-03:00Semana Literária no Sesc Londrina<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 14px; color: rgb(237, 13, 16); line-height: 18px; "><div class="post-body entry-content" style="width: 508px; line-height: 1.4; font-size: 15px; position: relative; "><div style="text-align: justify; ">a partir de segunda agora, dia 13 de setembro, o Sesc Londrina apresenta a Semana Literária e está um luxo. confiram.</div><div><br /></div><div style="text-align: justify; "><b>Informações:</b></div><div style="text-align: justify; ">Sesc Londrina centro - 3378.7800 / 3378.7831 / 3378.7830</div><div style="text-align: justify; ">Sesc Londrina aeroporto - 3378.7879</div><div><ul style="padding-top: 0px; padding-right: 2.5em; padding-bottom: 0px; padding-left: 2.5em; margin-top: 0.5em; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.5em; margin-left: 0px; line-height: 1.4; list-style-type: disc; list-style-position: initial; list-style-image: initial; "><li style="padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.25em; margin-left: 0px; text-indent: 0px; border-top-style: none; border-top-width: initial; border-top-color: initial; border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-width: initial; border-color: initial; text-align: justify; ">os convites para as mesas e palestras podem ser retirados no SAC do Sesc Londrina e Sesc Aeroporto (2 por pessoa)</li><li style="padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.25em; margin-left: 0px; text-indent: 0px; border-top-style: none; border-top-width: 1px; border-top-color: rgba(128, 128, 128, 0.496094); border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-width: initial; border-color: initial; text-align: justify; ">as escolas podem agendar turmas pelo telefone 3378.7830 com Vera</li><li style="padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.25em; margin-left: 0px; text-indent: 0px; border-top-style: none; border-top-width: 1px; border-top-color: rgba(128, 128, 128, 0.496094); border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-width: initial; border-color: initial; text-align: justify; ">os interessados em obter certificado da UEL devem ter 80% de participação nas mesas e palestras e fazer a solicitação pelo site<a href="http://www.uel.br/" style="text-decoration: none; color: rgb(44, 133, 123); ">www.uel.br</a> mediante taxa de R$ 5,00</li></ul><div style="text-align: center; "><img src="http://2.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TIvNudwTtoI/AAAAAAAABFc/hQTrImt8bC8/s320/Sesc+LDA.jpg" /></div></div><div><br /></div><div style="text-align: center; "><img src="http://3.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TIvNuzMOxfI/AAAAAAAABFk/25JYxZ44VGA/s320/Sesc+LDA+2.jpg" /></div><div style="text-align: center; "><br /></div><div style="text-align: center; "><img src="http://3.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TIvNvOJxY_I/AAAAAAAABFs/LK-7jucFWn8/s320/Sesc+LDA+3.jpg" /></div><div style="text-align: center; "><br /></div><div style="text-align: center; "><img src="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/TIvNv_djZ-I/AAAAAAAABF0/kIpmGEvEb-s/s320/Sesc+LDA+4.jpg" /></div></div></span>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-45040486080717087772010-05-18T05:33:00.000-03:002010-05-18T05:45:25.235-03:00LANÇAMENTO Da face do fogo EM SAMPA E NO RIO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/S_JTRiO3IgI/AAAAAAAAA78/JPCI6dd6ys0/s1600/Conv_beatriz+(1).jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 234px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/S_JTRiO3IgI/AAAAAAAAA78/JPCI6dd6ys0/s320/Conv_beatriz+(1).jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5472528057920594434" /></a><br /><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times, serif; font-size: -webkit-xxx-large; color: rgb(255, 255, 102); line-height: 20px; "><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; ">Beatriz Bajo</span></span></b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "> escreveu um livro de fotografias. A danada fricciona uma pedra na outra até que uma labareda dê sua graça. Não é metáfora, é realismo químico. Palavras se roçam, imagens explodem, ao leitor é só preciso fruir por suas linhas dançantes. As propriedades do fogo</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "> são colocadas em lâminas, página a página. Ora o texto rebola seu contorno azul, frio. Ora o texto é o centro da chama, fixo e irradiador.<br /></span></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><br /></span></span></div></span><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; ">Há muitas despedidas, algumas como resultado de um rompimento, outras como um distanciamento calculado do objeto. Ação e reação, sempre numa agonia, numa vigilância para que o vento não escureça o quarto, apagando a vela.<br /></span></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><br /></span></span></div></span><div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; ">A face do fogo</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "> é um livro para muitos, e é certo que ele se espalhará, começando por você.</span></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><br /></span></span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; ">Andrea Del Fuego (orelha)</span></span></div></span></div></span></div><div><br /></div><div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/S_JTB5pRPgI/AAAAAAAAA70/WCUQ1jC7SdY/s1600/cidade-atravessa-3.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 176px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/S_JTB5pRPgI/AAAAAAAAA70/WCUQ1jC7SdY/s320/cidade-atravessa-3.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5472527789327465986" /></a>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-82263418764003377242010-05-18T01:06:00.000-03:002010-05-18T05:33:29.616-03:00Lançamento de CONVERSAS COM EMILY DICKINSON, de Marcelo Ariel<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/S_JQttrht9I/AAAAAAAAA7s/i-SVPRlrd4A/s1600/convite_marcelo_ariel_-_conversas_com_emily_dickinson.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/S_JQttrht9I/AAAAAAAAA7s/i-SVPRlrd4A/s320/convite_marcelo_ariel_-_conversas_com_emily_dickinson.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5472525243495069650" /></a><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Hoje (18/05) tem lançamento delicioso. Marcelo Ariel autografa seu quarto livro - Conversas com Emily Dickinson -, no bar Exquisito (Rua Bela Cintra, 532 - Consolação), às 20h.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Eu sou uma fã da obra do Mar, sobretudo, uma fã do ser que mora neste mar imenso e cheio de poesia e que merece os cumprimentos porque seus versos são para além das fantasmagorias nossas de cada dia.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Estou felizfeliz por poder estar ao lado do meu parceiro poético em mais um presente ao cenário literário contemporâneo.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Ariel também inaugura o selo Orpheu, editado por Anderson Fonseca e revisado por mim.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Vamos abraçá-lo.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">hasta pronto!</span></span></div>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5180033126972991489.post-65924133793959063462010-04-12T14:57:00.000-03:002010-09-11T16:42:58.364-03:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/S8Nh3JLoAJI/AAAAAAAAA64/Ktogw03dw98/s1600/COYOTE_20_CAPA_01_(baixa).jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 199px; height: 244px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/S8Nh3JLoAJI/AAAAAAAAA64/Ktogw03dw98/s320/COYOTE_20_CAPA_01_(baixa).jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459314773288550546" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/S8Nf86T6v5I/AAAAAAAAA6g/mZlNNo6Pgus/s1600/COYOTE_20_CAPA_02_(baixa).jpg"></a><div class="Section1"><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace: none"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-size:22.0pt; mso-bidi-font-family:AppleMyungjo;mso-ascii- mso-ansi-language:PT-BRfont-family:AppleMyungjo;font-size:32.0pt;"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace: none"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-size:22.0pt; mso-bidi-font-family:AppleMyungjo;mso-ascii- mso-ansi-language:PT-BRfont-family:AppleMyungjo;font-size:32.0pt;"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace: none"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-size:22.0pt; mso-bidi-font-family:AppleMyungjo;mso-ascii- mso-ansi-language:PT-BRfont-family:AppleMyungjo;font-size:32.0pt;"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace: none"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-size:22.0pt; mso-bidi-font-family:AppleMyungjo;mso-ascii- mso-ansi-language:PT-BRfont-family:AppleMyungjo;font-size:32.0pt;"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace: none"><b><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></b></p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace: none"><b><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">VINTE VEZES COYOTE</span></span></b></p></div> <p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align: none;text-autospace:none"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align: none;text-autospace:none"><i><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Dossiê com o poeta e artista plástico </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Rodrigo de Haro</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">, poemas do dramaturgo </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Mário Bortolotto, </span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">conto do poeta norte-americano </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Delmore Schwart</span></b><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">, fotografias de </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Egbertoogueira</span></b></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> e relatos oníricos da portuguesa </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Anna Hatherly</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> são destaques do novo número da revista </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">COYOTE</span></b><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">, </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">lançada com duas capas diferentes</span></span></i></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 24pt; "><i><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, serif; font-style: normal; "><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">"A linguagem da poesia será fatalmente constituída por sucessivo espanto, ou não será nada". É o que afirma em entrevista o poeta e artista plástico catarinense </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Rodrigo de Haro </span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">(1939), no dossiê dedicado à sua obra poética no novo número da revista de literatura e arte</span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></i><b><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Coyote</span></span></b><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">. </span></i><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">E</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">ditada em Londrina (PR),</span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">traz também dois textos inéditos do livro </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Um Bom Lugar Pra Morrer</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">, de </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Mário Bortolotto </span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> e quatro fragmentos de </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Exercícios de Estilo</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">, obra do francês </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Raymond Queneau,</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> um dos autores mais experimentais da literatura francesa do século 20.</span></span><span style="font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-mso-ansi-language:PT-BRfont-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Maurício Arruda Mendonça apresenta e traduz (do japonês) os haikais da nipo-londrinense </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Mityio Sugimoto. </span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">A revista apresenta ainda o conto "Nos Sonhos Começam as Responsabilidades", do poeta norte-americano </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Delmore Schwartz </span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">(1913-1966), e, pela primeira vez no Brasil, poemas do </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">beat </span></i><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Bob Kauffman</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> (1925-1986).</span></span></span></span></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none; text-autospace:none"><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none; text-autospace:none"><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> Seguindo em seu compromisso em revelar novos talentos, a </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Coyote 20</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> apresenta também poemas de </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Samantha Abreu, Luiz Felipe Leprevost </span></b><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">e</span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> Ponti Pontedura. </span></b></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Outra novidade da edição são as duas capas diferentes com fotos de </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Egberto Nogueira.</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none; text-autospace:none"><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none; text-autospace:none"><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> Em seus oito anos de atividade, </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Coyote </span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">prossegue abrindo espaço para novos autores, resgatando e apresentando nomes importantes das letras e das artes, de épocas e lugares diferentes, instigando a reflexão e a criação literária. A revista é patrocinada pelo PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) da cidade de Londrina.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none; text-autospace:none"><span style="font-family:AppleMyungjo;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none; text-autospace:none"><b><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">COYOTE</span></span></b><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> é editada pelos poetas Ademir Assunção, Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes. Projeto gráfico de Marcos Losnak. Distribuição nacional (em livrarias) pela Editora Iluminuras.</span></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none; text-autospace:none"><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none; text-autospace:none"><b><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">COYOTE 20</span></span></b><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> // 52 páginas // R$ 10,00</span></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none; text-autospace:none"><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Uma publicação da </span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Kan Editora</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">. Vendas em livrarias de todo o país pela Editora Iluminuras – fone (11) 3031-6161 (site: </span></span><span lang="EN-US" style="font-family:AppleMyungjo;"><a href="http://www.iluminuras.com.br/"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR;text-decoration:none; text-underline:nonecolor:windowtext;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">www.iluminuras.com.br</span></span></a></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">). Pode ser adquirida também na internet pelo Sebo do Bac: </span></span><span lang="EN-US" style="font-family:AppleMyungjo;"><span lang="PT-BR" style=" mso-ansi-language:PT-BR;text-decoration:none;text-underline:nonecolor:windowtext;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><a href="http://www.sebodobac.com/">www.sebodobac.com</a></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:24.0pt;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none; text-autospace:none"><span lang="EN-US" style="font-family:AppleMyungjo;"><span lang="PT-BR" style=" mso-ansi-language:PT-BR;text-decoration:none;text-underline:nonecolor:windowtext;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><a href="http://www.sebodobac.com/"></a><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Georgia, serif;"><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Contatos: </span><a href="mailto:losnak@onda.com.br"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">losnak@onda.com.br</span></a><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">/</span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span><a href="mailto:rgarcialopes@gmail.com"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">rgarcialopes@gmail.com</span></a><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">/ zonabranca@uol</span></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><o:p><span class="Apple-style-span" style=" line-height: normal; font-family:Georgia, serif;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 32px; font-family:AppleMyungjo;">Fone: (43) 3334-3299 / (11) 3731-3281</span></span></o:p></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 24pt; "><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 24pt; "><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">PATROCÍNIO: PROMIC - PROGRAMA MUNICIPAL DE INCENTIVO A CULTURA – SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE LONDRINA (PR) <span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Georgia, serif;"><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">.</span></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 24pt; "><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Georgia, serif;"><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"></span></span><span style="font-family:AppleMyungjo;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><o:p><span class="Apple-style-span" style=" line-height: normal; font-family:Georgia, serif;"><img src="http://3.bp.blogspot.com/_NWwOb1i2jbo/S8NiA2ci-zI/AAAAAAAAA7A/OJEdVie6Xl0/s320/COYOTE_20_CAPA_02_(baixa).jpg" /></span></o:p></span></span></span></span></span></p>Linda Graalhttp://www.blogger.com/profile/13620919419893634308noreply@blogger.com0